domingo, 9 de outubro de 2011

Lucky ♪






“Twas a long time ago, longer now than it seems…
In a place that perhaps you've seen in your dreams;
for the story that you are about to be told…
Took place in the holiday worlds of old.
Now, you've probably wondered where holidays come from.
If you haven't, I'd say: it's time you begun!!!”

Começa com esta narrativa supra citada um dos mais fantásticos filmes que eu já assisti na vida:  Nightmare before Christmas...
Foi lançado em 1993, mas Tim Burton já estava com ele pronto (metaforicamente falando) já fazia dez anos.
É que a Disney não aceitou seu projeto de pronto, porque o filme era em stop-motion e essa técnica não era popular naquela época...
Aí ele fez Edward mãos-de-tesoura, Batman ... até a Disney topar fazer o Nightmare Before Christmas.
Mas essa história não tem nada a ver com este post...
Vamos começar de novo:
Era uma vez, os Estados Unidos.
Lugar muito conhecido pelas guerras (que iniciou/participou), pela industrialização, tecnologia, baseball, cinema, halloween, bancos falidos...
Também foi o berço da segregação racial (leis anti-miscigenação e ku-klux-khan), dos Simpsons, do Steve Jobs, da Paris Hilton, etc...
Neste país, cuja renda média anual de ~sou pobre, mas posso comprar um Ipad~ e de influência mundial do tipo ~Todos amem a Lady Gaga. Se dizemos que ela é boa, é porque ela é~ Algo antigo e misterioso , mais levado a sério que a lenda da Blood Mary, integra o American way of life e causa curiosidade em boa parte do resto do mundo: o número 13.
O 13 parece ser uma espécie de obsessão nacional: Historicamente, os Estados Unidos começaram com 13 colônias e, portanto sua primeira bandeira apresentava 13 estrelas e listras (adotado em 13 de abril de 1943); sua declaração de independência foi assinada por 13 pessoas; a pedra fundamental da primeira Casa Branca foi lançada num dia 13 de outubro.
Na nota de um dólar é possível destacar:
- Um escudo com 13 listras
- 13 estrelas sobre a cabeça da águia
- 13 penas em cada uma de suas asas
- 13 flechas numa de suas garras
- 13 folhas e 13 bagos no ramo de oliveira preso à sua outra garra
- 13 letras na faixa que ela segura em seu bico (E Pluribus Unum)
- 13 degraus na pirâmide estampada na cédula
  Alguns edifícios não possuem esse número na seqüência de seus andares, saltando do 12 para o 14 e pasmem: toda vez que um dia 13 caí numa sexta-feira, as atividades econômicas no país sofrem uma retração, causando prejuízos calculados em mais de 200 milhões de dólares.
Receando desgraças, nesses dias muita gente evita viajar, fazer negócios e até mesmo trabalhar...
Mas não são os todos os estadunidenses assim, alguns cidadãos são adversários declarados da superstição e até fundaram um clube chamado: “Treze contra a Triskedecafobia”, com treze membros que fazem rituais, quebram espelhos, circulam entre gatos pretos, abrem guarda-chuvas dentro de casa, etc...E ~é claro~ não perdem uma sexta-feira treze para fazer uma comemoração especial.
Ah é: Triskedecafobia significa medo/fobia do número treze.
As superstições têm vida longa e controvertida desde a antigüidade.
A relacionada com o número 13, por exemplo, é considerado como maléfico por uns e benéfico por outros... Inclusive, aqui no Brasil, um distinto senhor é bem conhecido por acreditar que o treze dá sorte: Mário Jorge Lobo Zagallo.
Ele foi o mais famoso ponta-esquerda do Botafogo e um dos melhores treinadores da seleção brasileira.
Zagallo mora no 13 andar, se casou no dia 13 de janeiro de 1955, dia de Santo Antônio. Desde então têm esta cisma com o número 13 e é devoto de Santo Antônio. Tem 4 filhos, 6 netos e 3 bisnetos , o que somados (4+6+3) dão 13 e a placa do carro dele é 1313.
Creio que não só ele, mas todo ser humano tem ou teve em alguma época da vida, esse fascínio/curiosidade pelo poder da sorte, magia, vida em outro planeta, a criação do Universo,  ~acontecimentos inacontecíveis~, ~ gente morta que não costumava morrer antes~, Sexto sentido, contatos paranormais, “supernatural” ...
Sempre foi pop o misticismo.
Até o Papa é pop ...
♪ ♫ O pop não poupa ninguém ♪♫
É fato: existe uma propensão humana em acreditar que fatores sobrenaturais podem interferir diretamente no dia-a-dia, independendo do credo, raça ou classe social.
E não é só “coisa de pobre”, tem uns famosos aí muito cheios de manias e rituais, exemplos:
Rammstein: todos os CDs deles (com exceção dos Live's) possuem rigorosamente 11 faixas, devido a uma superstição da banda cuja razão de ser eu não qual é.
Lady Gaga: pelo menos uma vez por semana, dorme longe do namorado, pois acha que se dormir todo dia junto, sua criatividade pode ficar abalada. Alguns amigos dizem que ela gosta de tudo par: 28 ônibus para tour, 140 membros na equipe, e números pares de mesas e cadeiras no camarim. Segundo a revista Grazia ela não senta em cadeiras que alguém já tenha sentado antes, e outra pessoa precisa servir as bebidas em seu copo porque caso ela mesma se sirva, terá má sorte.
Ozzy Osbourne: nunca veste roupa da cor verde
Roberto Carlos: segundo minha tia, só faz show vestido de azul e branco, odeia marrom ...dentre outras coisas estranhas.
Creio que essas crendices, manias e superstições servem como reguladores emocionais.
Pessoas oram, se apegam a essas coisas, principalmente em momentos de crise e aflição para sentir alívio e paz.
È difícil encontrar alguém tão seguro de si que nunca tenha precisado se agarrar a alguma coisa espiritual ou mística para elevar a confiança, manter-se equilibrado e acreditar que as coisas vão melhorar.
Tenho um livro que ganhei na infância chamado “Manual do Gastão”.
~ Sim, pois além de ser criada a leite com pêra, fui alfabetizada com gibis e colecionava “Almanaques Disney” (Manual do Escoteiro, Manual do Gastão, Manual do Pateta, Manual do Pato Donald, etc...) ~
Na verdade, minha coleção se restringe a dois manuais do escoteiro e o manual do Gastão, mas no meu coração, eu tenho todos que já foram lançados.
O manual do escoteiro falava sobre os escoteiros e coisas de escoteiros (AH VÁ !) e o manual do Gastão era uma espécie de enciclopédia sobre sorte e as mais conhecidas superstições do mundo.
Nunca gostei do Gastão, achava ele muito prevalecido.
Comprei (minha mãe comprou) o manual dele porque achei a capa bonita.
Tudo o que tenho a dizer sobre este primo chato do Donald, é que ele era um mistério para mim ... a sorte dele me intrigava ...
Até que o tempo passou e eu vi que o Gastão é a maior farsa que existe !!!
Sortudo coisa nenhuma... se ele fosse sortudo, o ricaço dos quadrinhos era ele e não o Tio Patinhas.
Também seria ele que teria se tornado um desenho animado de sucesso, não o Pato Donald.
O Gastão só tinha sorte para coisas pequenas: ganhava loteria, achava coisas, etc .... mas nunca foi querido, poderoso, rico ou rockstar.
E a Margarida amava o Donald, não ele.
Tio Patinhas é o verdadeiro sortudo da Disney porque tem uns sobrinhos dedicados, uns amigos muito parceiros, umas gata na cola dele (Madame Min e Maga Patalógica) E é rico (se é que é isso que é ter sorte).
Rico e supersticioso.
Onde ele ia tinha que levar a tal moedinha numero 1 dele, objeto este que a bruxa italiana Maga Patalógica sempre tentava afanar, para derreter nas lavas do vulcão Vesúvio e fazer um poderoso amuleto mágico, que daria a ela o “Toque de Midas”.
As bruxas, nas historias da Disney (da Old School Disney) eram sempre as vilãs e traziam má sorte.
Nesse quesito tem algo parecido com o que a sociedade antiga pensava das bruxas.
No passado, num passado muito passado....bruxas eram vitimas de bullyng medieval e preconceito e ainda dizia-se: davam azar supremo.
Ainda bem que o Harry Potter nasceu depois do Malleus Malleficarum1.
Enfim ... eu li o tal manual do Gastão.
E porque eu li esse livro, eu sei de coisas totalmente irrelevantes para o andamento do Universo, tais como a história do número treze nos Estados Unidos (que eu contei antes) além dessas duas histórias (que eu vou contar agora):

  • Tutancâmon foi um faraó da oitava dinastia egípcia (entre 1555 e 1335 a.C.) e faleceu muito jovem.
Conta-se que na entrada de uma de suas tumbas encontrava-se escrito a seguinte maldição: “a morte virá com asas ligeiras para aqueles que perturbarem o sono do faraó”
Embora os arqueólogos não confirmem essas inscrições, os acontecimentos que se sucederam foram deveras estranhos:
Quem descobriu a tumba de Tutancâmon foi o egiptólogo inglês Howard Carter.
Carter, de fato, não morreu.
Mas houve uma extensa lista de mortes prematuras ligadas à tumba:
Lorde Carnavaron, financiador da expedição de Carter foi o primeiro a morrer com uma picada de mosquito. Logo após, 20 pessoas ligadas direta ou indiretamente à expedição faleceram de forma misteriosa e não-natural.
Além destes, faleceram também: Aubrey Herbert  (meio-irmão de Lord Carnavaron) e Lady Elizabeth Carnavaron.
Westbury, o filho de outro Lord que teria tomado parte nas escavações do túmulo foi encontrado morto misteriosamente em sua residência e seu pai Lord Westbury, morreu com 78 anos de idade no ano seguinte, porque saltou do décimo andar da sua residência.
Depois, os jornais noticiaram a morte de Archibald Douglas Reid quando ele fazia a radiografia da múmia. A seguir, o egiptólogo Arthur Weigall morreu devido uma febre desconhecida.
Faleceram ainda A.C. Mace, que abriu a câmara mortuária do faraó junto com Carter e o homem  que providenciou o embarque da mascara de ouro do faraó para Museu Britânico, o Dr. Gamal Methrez.
Há que se considerar que ainda não existiam Sam e Dean.
Há que se considerar também, que se tudo aí estiver certo, o filme o Retorno da múmia foi baseado em fatos reais.

  • Na mitologia Greco-romana, Hermes(ou Mercúrio) era o deus que dava sorte aos mensageiros, comerciantes e ladrões. Era o leva-e-traz dos deuses do Olimpo, especialmente do seu pai: Júpiter (ou Zeus).
Acontece que Hermes era meio mau-carater: ainda criança, inventou de furtar o tridente de Netuno (Ou Poseidon, deus do mar), escamoteou as flechas de Apolo (deus do sol e da musica) a espada de Marte (ou Ares, deus da guerra) e o cinto de Vênus (ou Afrodite, deusa do amor)

E por aí vai....
Mas o mais interessante deste livro... foi alguém tê-lo feito.
Como é levado a sério esse lance de sorte, superstições, etc...
E como é um sucesso de vendas e leitura.
Basta observar como tem gente que leva a sério o tal do horóscopo... coisa que se você parar para analisar, não te ajuda em nada.
São apenas uma ou duas frases jogadas no ar... uma espécie de mini-conselho ou mini-previsão generalizada, cuja interpretação é subjetiva.
Escrevem lá: “Signo de libra: você hoje vai receber uma boa notícia”
Mas não está especificado a natureza desta boa notícia.
Muita coisa configura como “boa notícia”
Se você ganhou um aumento de salário, é uma boa notícia ... Se o jornal informa que o presidente Obama abriu um hospital lá em Washington que atende a população de graça, também é uma boa notícia ... Se você conseguiu ir sentado no ônibus, igualmente é uma boa notícia.
Assim fica fácil prever a sorte das pessoas, né ?
Outra coisa que tá super na moda é ser Wicca.
Antigamente, você ia nas livrarias e os livros do Sidney Sheldon ficavam lá nas estantes dos mais lidos... hoje ocupam o lugar os livros roxos, cheio de círculos, dentro de triângulos...
Vanessa tem uma opinião sobre wicca que eu vou partilhar porque acho engraçado:
Diz ela: “Wicca, minha picaaaa”
Nem vou falar de cristianismo, catolicismo, protestantismo e etc... porque senão eu não termino este post e eu quero almoçar ainda hoje.
Minha intenção não é criticar superstições, religiões, crenças, manias ... é expressar surpresa com o fato da importância que isso têm para a humanidade.
Até porque eu tenho minhas manias esquisitas.
Vergonhosamente admito, que quando pré-adolescente amava fazer aquelas simpatias de ano novo.
Fim de ano para mim era mágico...
E fazer aquele ritual de comer uva, dar pulinhos a meia noite, escolher a cor da roupa, etc... me fascinava muito.
E eu acreditava que se eu não fizesse tudo certo, meu ano seria uma catástrofe.
Pois, eh ... essa sou (fui) eu.
Mas há quem seja ainda mais esquisita...
Mariah relatou esta semana uma crendice duma conhecida dela, que eu acho: ganha o troféu do nonsense.
É mais ou menos assim: se você é gordo (a), venda seus quilos a uma pessoa que seja muito magra e os quilos à mais que você tem, passam para a ser dela...
Não é fantástico Brasil? Existe um mercado negro de quilos.
Não sei como os spas não foram à falência ainda..
Minha avó costumava bater na madeira três vezes quando alguém falava o nome do capeta para anular o mau-agouro..
Milhares de pessoas por ano morrem por causa disso: não bateram na madeira
Meu ex-chefe era daqueles que acreditava que passar debaixo duma escada dá azar. Atravessava até fora da faixa de pedestres, só para desviar de uma escada que estava na calçada...(faz sentido, impossível ter azar se estiver morto)
Mas existem esquisitices mais comuns.
Nosso amado cadeira vinte e um da Academia Brasileira de Letras ~Paulo Coelho~ relatou em um de seus livros (foi há muito tempo que eu li, eu era criança e não sabia o que tava fazendo... não me julguem) que ele tinha uma rotina programada e imutável: Acordava, escovava os dentes, lavava o rosto, tomava o café, pegava a chave do carro e saía.
Se essa sequência fosse quebrada ... se uma dessas coisas não fosse feita nesta ordem e ele se atrasasse por conta disso, ele demorava mais trinta segundos para sair com o carro,  porque ele temia que aquilo fosse um aviso dos deuses/anjos/whatever de que algo ruim estava por vir. Um atraso de 30 segundos poderia evitar um acidente de carro por exemplo...
Também falava de amuletos e círculos mágicos da sorte.
Vai que ele ta fazendo isso certo? Pensa bem: Como que essa criatura entrou pra Academia Brasileira de Letras? Só pode ter sido por sorte....
Algum ritual ou amuleto deve ser responsável por isso.
Se eu fosse ele, mudaria meu nome para Paulo pé-de-Coelho.
Todavia, quem pode dizer que é isento de manias, que nunca estabeleceu regras para a rotina? Que andou na calçada pisando só na risca do rejunte e nunca no azulejo?
Pelo menos conhecer alguém que é assim, todo mundo conhece...
Lembrei de uma mania que eu tinha, que tá mais pra TOC do que para superstição.
Existe uma operação matemática que eu aprendi a fazer na quarta série do primário, com a Tia Madalena, chamada “prova dos 09”.
Era assim: Para ter certeza que a divisão deu certo, você somava a sobra da divisão. Se o resultado da soma fosse nove, significava que a divisão estava correta.
Não sei porquê, depois que aprendi isso passei a somar mentalmente toda e qualquer sequência numérica que via pela frente para ver se o resultado era nove...
Código de barras nos produtos, números de casa, CEPs, placas de carro, números de telefone...
Não que eu achasse que isso abriria um campo de força espiritual protetor.
Era só mania mesmo. Às vezes ainda faço isso.
E do TOC, a superstição é um pulo.
Aí você polemiza consigo mesmo: O nosso bem-estar já depende de tanta coisa, Por que piorar sistematizando ações comuns, ou evitando-as porque acredita que coisas boas possam acontecer ou situações ruins podem ser evitadas devido a uma mania aleatória que você adotou ou culturalmente adquiriu?
Não é o caso da minha “prova dos nove”, porque essa mania não tem intenções intrínsecas... mas é o caso do porquê eu já fui uma católica muito fervorosa.
É que com o decorrer do tempo, a insegurança que a gente têm se inclina à conversão religiosa, desenvolvendo um relacionamento com Deus e variáveis correlatas.
Tem momentos na vida, que existir é tão difícil, tantas coisas ruins acontecem, que fica fácil se agarrar no terço, adquirir manias, fantasiar com a sorte...
Até que uma hora, sem que você se dê conta, se vê apegado à coisas das quais não consegue explicar o motivo, só para se sentir um pouco amparado, menos sozinho no universo e conseguir acreditar que no futuro as coisas podem ser diferentes e tudo vai se resolver.
Talvez exista Deus, mas só por garantia eu vou trancar todas as portas de casa antes de sair.
Quanto a sorte, eu acho que é mito.
Quanto ao azar, também.
Conquistar as coisas por si mesmo, tem mais valor do que uma obra do acaso...
Sempre seremos visitados por Cisnes Negros2 e A Lei de Murphy3 ... E como toda visita chata, eles vão chegar, abrir um pacote de Doritos no sofá da sala, tomar conta do controle da TV e demorar pra ir embora...
Mas sempre vão...
E aqueles que julgamos tão sortudos, talvez sejam só pessoas normais que souberam aproveitar as oportunidades que lhes foram dadas, ou foram a tal “pessoas certa, no lugar certo”.
Fazemos um pedestal para artistas ricos, amados e talentosos lhe invejando à sorte, sem considerar quão assustador é o número destes, que vêm ganhando manchetes por terem tomado caminhos perigosos na vida, a ponto de levá-los ao ostracismo ou, o que é pior, à morte.
Inúmeras são as biografias de famosos, talentosos, ricos, sortudos, bonitos, etc... que relatam a profunda tristeza da alma desses abençoados indivíduos...
Quando você trabalha para ter sorte ... você meio que se prepara para ela.
Quando ela vêm ao acaso... pode ser que você não saiba lidar.
Eu, hoje, tenho maturidade para entender isso.
Nem sempre fui assim, precisei ler e estudar muito.
Sou muito grata pelas influências que tive.
Admito que devo muito do que sei e parte do que sou a esta fonte de sabedoria e determinação:
Obrigada Britney Spears.
Por favor, assistam o clip de “Lucky” e se emocionem com a historia da menina Lucky :
♪♫ She's so lucky, she's a star…But she cry, cry, cry in her lonely heart, thinking: “If there's nothing missing in her life,then, why do these tears come at night?” ♪♫
E ainda:
♪♫ Lost in an image, in a dream, but there's no one there to wake her up…And the world is spinning…And she keeps on winning. But tell me what happens when it stops?
They go... ♪♫









Malleus Maleficarum1: ou “Martelo das Bruxas”, bem famoso como manual de tortura/diagnóstico/identificação de bruxas. É datado do Renascimento e foi publicado primeiramente na Alemanha em 1487.

Cisne Negro2: Diz que tem um filme com a Natalie Portman com esse nome e que é muito bom. Nunca assisti.
Li numa revista superinteressante, muitos anos atrás uma reportagem de um cientista que tinha criado uma teoria sobre catástrofes mundiais sem possibilidade de previsão do seu acontecimento.
Ano retrasado, assisti à um seriado chamado Flash Forward onde esta teoria é a base que fundamenta toda a história.
Foi aí que eu conheci o livro de Nassim Nicholas Taleb chamado “A Lógica do Cisne Negro”
Ele explica que Cisnes Negros são eventos imprevisíveis e impactantes, cuja natureza extraordinária está na base de quase tudo o que acontece no mundo, da ascensão das religiões à nossa vida pessoal. (o avanço da internet, à falência do Lehman Brothers, em 2008 e o ataque de 11 de setembro são cisnes negros, por exemplo)
No livro, o autor escreve que é impossível tentar antecipar e prever o futuro, já que aquilo que conhecemos é muito menor em relação ao que não conhecemos. Ele também explica como uma pessoa deve lidar com eventos inesperados em um mundo imprevisível e que elas tenham a consciência e aceitem que esses eventos, uma hora ou outra, acontecerão.
O nome “cisne negro” vem da descoberta da ave cisne negro: Antes de a Austrália ser descoberta, todos os cisnes do mundo eram brancos. A Austrália, onde existe o cisne negro, mostrou a possibilidade de uma exceção escondida de nós, da qual não tínhamos a menor idéia.

Lei de Murphy3: É um adágio popular, mas segundo Priscila Arida Velloso, no livro “Oh! Dúvida cruel” começou com um senhor chamado Edward A. Murphy Jr.
Na verdade, foi o capitão Edward A. Murphy Jr. ,engenheiro da Força Aérea. Apesar de ter participado de outros testes de design de engenharia na sua carreira civil e militar, foi um teste do qual ele participou - quase por acaso - que deu origem à Lei de Murphy.
Ele foi o responsável por um projeto em que media a tolerância humana à aceleração excessiva, em 1949.
Num dos testes era necessário colocar 16 sensores em diferentes locais do corpo de um piloto de provas. Havia apenas 2 maneiras de colocar esses 16 sensores de forma correta e alguém metodicamente instalou todos os 16 de maneira errada. Ao checar o que havia acontecido, Murphy pronunciou: “Se há duas ou mais maneiras de fazer alguma coisa e uma delas pode resultar em catástrofe, alguém o fará desta maneira.”
Um amigo dele, com muito senso de humor, falou à imprensa que os testes da aceleração excessiva deram errado devido a “Lei de Murphy”
Bastou isso. A Lei de Murphy começou a aparecer em publicações aeroespaciais e, logo depois, caiu na cultura popular tendo inclusive sido transformada em livro nos anos 70.

domingo, 18 de setembro de 2011

Overkill ♪



"At some point in your life, you find a use for every useless talent you've ever had. It's like connecting dots when you're stuck in a spiral. You reach up. Just reach up.”(GRINDHOUSE- Planet Terror/Death Proof. Robert Rodriguez/Quentin Tarantino.2007.P.T.:80 min, D.P.: 90 min.Paródia/Terror.Inglês)1


"Chega um ponto na vida em que encontramos utilidade para cada um de nossos talentos inúteis. É que nem ligar pontos quando você está preso em uma espiral. Você alcança. Simplesmente alcança". - dizia a personagem Cherry Darling no filme Planet Terror.
Utilidade eu não encontrei, mas cheguei a mesma conclusão que Cherry: Todo mundo tem mesmo um ~talento natural ~ absolutamente inútil e desnecessário para se orgulhar...
Até eu tenho...
(Tive que pensar por horas para encontrar algo para ser escrito aqui, mas com muito custo achei...)
Ei-los:
Lava-copos : Com efeito, minha mão, que é pequena, me qualifica como ser humano dotado da habilidade genética para lavar recipientes e demais utensílios de cozinha, cuja borda ou o espaço interno seja estreito, de forma categórica e magistral.
Não que isso seja importante...
Sommelier de iogurte: Como há muitos anos eu não almoço nem janto em casa, o iogurte fez/faz parte do meu cardápio. Para não enjoar, a tática é diversificar os iogurtes: um dia bliss, no outro flan, outro dia batavito...as vezes até activia.
Perdi esse hábito há pouco tempo, mas ainda sei opinar sobre muitos iogurtes que estão na prateleira do supermercado e dizer qual combina mais com chee-tos, qual iogurte tem mais “ferro”, etc....
Oleira de papel alumínio: Antes que aqueles papéis-alumínios2 que prestimosamente envolvem bombons sonho de valsa2 (ou ouro branco), culminem sua existência indo para o lixo sem sentir nenhuma glória.. assumi como minha responsabilidade conceder-lhes a alegria de transformarem-se em um resplandente cálice, tal qual faz um oleiro que transforma a argila em objeto de cerâmica (tal qual faz a Demi Moore no filme Ghost ao som de ♪♫ Oooohhh myyyyy looooveee my daaaaarling.... ♪♫) para que aquela humilde embalagem, receba um “ó que bonitinha, hein!” antes de ser vilmente amassada e vá juntar-se as outras sobras e detritos da cozinha.
Mas isto foi antes dos fabricantes mudarem a embalagem e tirarem o papel alumínio.
Intérprete de Power Ranger rosa: com muito treino, esforço e dedicação, eu conquistei o posto de “rosa” na brincadeira de Power Ranger na infância.
Foram muitas tardes treinando na frente da TV para  fazer certo cada um daqueles movimentos de karate kid  e a coreografar o gesto do “é hora de morfar”
Por que ser a Power Ranger rosa nas brincadeiras na infância, era mais concorrido do que concurso do INSS ... todas as meninas aspiravam ao cargo.
E pelo que eu me lembro, eu era muito respeitada pela minha competência como pseudo-dublê de Power Ranger ... tanto que sempre que surgiam aquelas dúvidas operacionais como “quem era mesmo que tinha a adaga de prata ?” Invariavelmente respondiam: “Ah, Eu acho que é o Tommy, mas pra ter certeza pergunta pra Aninha”
Eu era assim, super profissional.
Só mencionei minha habilidade enquanto Power Ranger na categoria talento infantil, mas na verdade, 80% das coisas mais descoladas eu só soube fazer na infância...
Minhas “skills” modernas são chatas (além de, obviamente, desnecessárias)
Tipo: sei fazer perguntas virarem retóricas, usando um sorrisinho pseudo-intelectual para preencher o tempo de espera do interlocutor pela minha resposta. E sei também desviar o foco de assuntos com piadinhas muito ruins, subvertendo a interpretação alheia ...
Mas com isso não consigo nem me inscrever no quadro “se vira nos trinta” do Faustão.
Aliás, com o advento do youtube, chamar qualquer semi-aptidão de ~talento~ é eufemismo. Você ~acha~que sabe fazer bem alguma coisa, até ver o vídeo de alguém que faz melhor.
Por intermédio deste fantástico site de vídeos, posso constatar que qualquer criança da China sabe fazer uns cem tipos diferentes de origami, fazendo parecer minhas pobres e humildes tacinhas de papel-alumínio de bombom, o trabalho escolar de algum aluninho da pré-escola.
E eu não procurei, mas deve ter vídeos exibindo alguma filha duma diaba que seja melhor Power Ranger rosa do que eu fui.
Eu até invejo pessoas com aptidões.
E quem não inveja? Quem não deseja ser bom em alguma coisa?
Estou convencida da universalidade desta ambição humana e até me arrisco a dizer que todo mundo se dedica em determinado momento da vida à desenvolver uma habilidade para alguma coisa. Incentivado ou pela vaidade ou pela necessidade.
Para ser sincera, acho que a vaidade molda mais talentos do que a necessidade.
Por que nem todo mundo precisa desenvolver uma habilidade porque isso é uma necessidade para sua sobrevivência. Mas todo mundo quer aprovação, atenção, respeito das outras pessoas... e ser bom em alguma coisa (associado a outros fatores) é um caminho curto para conquistar tal objetivo.
Os talentos mais legais e descolados são inúteis, na verdade.
Até porque música e arte, por exemplo, sob um ponto de vista pragmático e capitalista, não tem utilidade prática.
Eu achava que as perguntas filosóficas mais difíceis de responder seriam: Qual o sentido da vida? Quem somos? Para onde vamos?
Até quando me deparei com perguntas sobre a utilidade das coisas.
O que é útil? Para que e para quem algo é útil? O que é o inútil? Por que e para quem algo é inútil?
O senso comum de nossa sociedade considera útil o que dá prestígio, poder, fama e riqueza. Julga o útil pelos resultados visíveis das coisas e das ações.
Desse ponto de vista, a arte, a música, a literatura... a própria filosofia ...são inteiramente inúteis e defendem o direito de serem inúteis.
Todavia se o trabalho em prol da desalienação das pessoas pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil.... Aí sim a filosofia, a música, a literatura são as atividades mais úteis do mundo.
Fora desse contexto, o ser humano de uma maneira geral é inútil.
Teóricos, físicos, biólogos, escritores....se esmeram em provar por A mais B que somos ácaros da poeira cósmica, um minúsculo cílio coçando o olho de Deus ...
Nosso cérebro nesse contexto não passa de um mecanismo que desempenha a função de reproduzir ilusões, fantasias ou qualquer coisa que nos faça esquecer que somos inúteis.
Se eu fico pensando demais nisso, me convenço de que a vida não passa de uma idéia prosaica e sem sentido prático algum, que não seja o de ganhar a vida vendendo abacaxi em praias paradisíacas, eventualmente viajar em cruzeiros, fazer uns bons cursos de línguas e música, etc...
Como diria Sheldon Cooper3: “Nós só temos que ser nutridos, expelir excrementos e inalar oxigênio, todo o resto é opcional"
Pessimista, mas até que faz sentido... não?
Minha mãe costumava dizer, que eu deveria passar a minha vida inteira fazendo aquilo que eu gostasse ... porque fazendo aquilo que eu gosto, eu faria muito bem.
Fazendo alguma coisa muito bem, eu seria muito talentosa e daí eu poderia ajudar muitas pessoas e “fazer a diferença neste mundo” (e ganhar muito dinheiro também lógico)
Aaaahhh se mamãe tivesse lido “O capital” ao invés de “Polyana” e “Sabrina”...
Com essa globalização e capitalismo e etc ... o campo profissional tornou-se uma ~arena~ profissional onde não basta que você seja “bom”, precisa competir com outros “bons”
Sempre tive essa preocupação em saber fazer bem alguma coisa (ainda não sei). Mas em oposto nunca fui competitiva.
Digamos que eu tenho a habilidade natural de perder.
Inclusive evito participar de jogos e/ou competições porque eu já sei que eu vou me frustrar.
Porém, graças a um episodio de Scrubs4 eu descobri que ~tava fazendo isso errado~
Quem disse que sitcoms e seriados não educam ?
O episódio 20 da primeira temporada chamado: “My way or the highway” trata do assunto “ser ou não ser competitivo, eis a questão”
O JD (protagonista), tem uma ~mini-stressadinha~ porque tudo para o Turk (seu BFF) é motivo de competição.
E o Turk sempre vence no final e como castigo o JD tem que falar pra ele: “I’m your bitch”.
Na brincadeira, até que tudo bem... só que os dois trabalham no mesmo local: O hospital Sacret Heart; o Turk como cirurgião e o JD como médico geral e ocorreu que um paciente do JD estava com uma doença e teria que decidir sobre se trataria dela clinicamente ou fazendo uma cirurgia.
Para colaborar com o paciente na sua decisão, JD chamou o Turk com a intenção de que ele falasse sobre os riscos que implicam uma cirurgia e que por isso era melhor um tratamento clínico.
Mas Turk, ao analisar o paciente, se posicionou a favor de uma cirurgia.
E o paciente optou por fazer a cirurgia.
JD e o Turk discutem por causa disso e o JD acredita que essa discussão se deve ao fato de que para o Turk tudo não passa de uma competição.
No auge da discussão deles, houve o seguinte diálogo:
JD: Aquele paciente era meu Turk.Levei você lá como amigo, mas você é tão competitivo que o tirou de mim, isso é uma merda.
Turk:Azar.
JD: Como é que é?
Turk: Pode ter certeza que eu sou competitivo, isso faz de mim um bom médico.Quero ganhar tudo, todos os dias e você devia querer o mesmo.
JD: Isso é amizade?
Turk: Isso não tem nada a ver com amizade, você está zangado é consigo mesmo porque não consegue acreditar em você.
No final do episodio o JD fala assim: As vezes você tem que admitir que se sentir competitivo não é uma coisa má. Se acredita que está correto, tem que lutar por isso.

Mudei muitos pensamentos depois de ter assistido esse episódio.

Outro episódio bom de Scrubs ( um dos que eu mais gosto) é o episódio 01 da segunda temporada que se chama “my overkill”
By the way: Overkill é uma música que fez sucesso nos anos 80. É da banda Men at Work e o Colin Hay (vocal e guitarra da banda) aparece no começo desse episódio tocando um violão e cantando a música (tá no vídeo em epígrafe à este post)
Essa música é trilha sonora para esses meus pensamentos a respeito do universo, da vida insônia, “as implicações de mergulhar tão fundo” e tudo mais... (♪♫ I can’t get to sleep…I think about the implications of diving in too deep and possibly the complications…Specially at night I worry over situation…I know it'll be alright…Perhaps it's just imagination. Day after day it reappears…Night after night my heartbeat, shows the fear…Ghosts appear and fade away(…)♪♫)

Tudo isso eu escrevi (vou desabafar agora, estou com lágrimas nos olhos, me escutem), porque amo/sou guitar hero e estou sofrendo bullyng do meu vizinho de 08 anos que joga melhor que eu.
Não foi para isso que minha mãe me deu educação.... não era essa a vida que ela queria para a filha ... ai que tristeza.














(GRINDHOUSE- Planet Terror/Death Proof. Robert Rodriguez/Quentin Tarantino.2007.P.T.:80 min, D.P.: 90 min.Paródia.Inglês)1: isso não é uma referência bibliográfica correta porque eu não tenho as informações do filme para catalogar, é só uma semi-referência.
Grindhouse é um projeto do cineasta Quentin Tarantino com o amigo dele Robert Rodriguez.
Trata-se de “um” filme que é “dois”.
Há duas histórias dentro de Grindhouse: Planet Terror, dirigido por Rodriguez, que mostra rebeldes lidando com zumbis enquanto enfrentam militares; e Death Proof, dirigido por Tarantino, que mostra um dublê misógino que usa seu carro para matar suas vítimas.
É para ser terror, mas também chamam de parodia/homenagem à filmes de horror da década de 1970.
E os filmes foram exibidos separados aqui no Brasil.
O filme em si não fez sucesso não... mas os trailers falsos fizeram.
Teve até um diretor que fez um filme baseado nos trailers falsos.
Curiosidade: Grindhouse não é “casa de trituração” como eu toscamente traduzi da primeira vez que li.“Grindhouses” eram as casas de cinema não-populares, que exibiam filmes não-famosos, cujo o conteúdo era muito não-fraco e a maioria das pessoas consideravam não-bons.
Era não-fácil essas grindhouses viu.
Os filmes exibidos normalmente dependiam do gosto do dono da sala. Ou então se faziam “maratonas” de filmes com determinado tema, estilo ou ator ou ainda, uma  “Sessão Dupla”, com o filme principal, e “ a outra metade” seu dito filme B.
Filmes exploitation ( filmes de baixa qualidade que exploravam assuntos "tabus" como sexo, drogas, violência, racismo, etc.) e filmes gore (gore significa sangue coagulado e é também um termo utilizado para representar filmes onde a escatologia é exagerada, com cenas de sangue em excesso, órgãos expostos e outras nojeiras) eram exibidos nessas casas.
As Grindhouses surgiram nos anos 60 e decaíram nos anos 80 com a popularização do VHS

Papéis-alumínios2 e sonho de valsa2: Eu pensei assim: Papel-alumínio como é substantivo + substantivo fica papéis-alumínios (eu acho) e sonho de valsa fiquei na dúvida se tinha hífen, mas eu considerei que não.
Agora: não sei nada dessa nova reforma ortográfica...
Eu vou continuar colocando hífen nas minhas palavras compostas, ainda que seja só mentalmente.
Algumas palavras fazem muito mais sentido com hífen.
Anti-social por exemplo: aqui o hífen carrega um significado para além do sinal gráfico, estabelece uma distância... explica que o “anti” quer o “social” bem longe...
Só digo uma coisa: eu escondi meus hífens no porão e vou protege-los com a minha vida dos inquisitores da reforma.
E foi só depois de ter escrito tudo isso eu lembrei que poderia ter procurado no Google como se escreve o plural de papel-aluminio e sonho de valsa.
Agora eu procurei. Tá certo.
Quanto a ortografia do resto do texto eu não garanto.

Sheldon Cooper3 : Personagem principal do sitcom The Big Bang Theory e uma pessoa que eu gostaria muito de ser na real life.

Scrubs4: mais um seriado de médicos.
É o mesmo estilo de Greys Anatomy, só que é ~engraçadinho~.
Começa o episódio com o JD narrando um tema e termina com ele narrando também.
Personagens:
J.D. ou Dr. John Michael Dorian: Ele é o tipinho de loser que tem boas intenções, bom coração também ... mas tudo que ele faz intencionando ser a melhor escolha, se revela todas as vezes ser a pior e ele se ferra. As in: Coyote tentando pegar o papa-léguas
Por ele naturalmente ser meio bobão e por estar iniciando a carreira de médico, ele erra muitas vezes (o apelido dele é noobie, by the way), passa por várias dificuldades, têm muitas dúvidas,... e os enredos dos episódios com frequência tem sua ênfase no aprendizado dele à partir destas circunstâncias
Turk: Cirurgião e B.F.F. do JD, eles moram juntos até a quarta temporada.
É engraçado, parceiro, supercompetitivo, crianção, namorado e futuro marido da Carla (spoiler).
Carla: É parceira, geniosa, boa-conselheira, namorada e futura esposa do Turk (spoiler).
Elliot: Desastrada, tem o dom de falar a coisa errada, na hora imprópria. 
The Janitor: Criador de tretas com o JD.
Em verdade, JD nunca fez nada contra ele, mas mesmo assim o zelador faz dele sua perpétua vítima, infernizando-o por instinto e diversão.
Dr. Perry Cox: ~O trollao~ Pensa um cara com a inteligência e o sarcasmo do Dr. House (mais ou menos), só que com trejeitos de Rafinha Bastos fazendo stand-up comedy ... é mais ou menos isso (ou não)
Ele é o “mentor” do JD e trata-o com sarcasmo e desdém, chama-o por nome de mulher, ridiculariza seus atos ... porém secretamente tem muito apreço por ele.
Rowdy: é o bichinho de estimação do JD e do Turk: um cão empalhado




domingo, 4 de setembro de 2011

Body Movin’ ♪



“É impossível o lapso cocacólico.”
Quem veio com essa foi um professor de filosofia que eu tive, citando Michel Melamed.
Defendia ele que o conhecimento sobre o que vem a ser coca-cola é ontológico porque por essa bebida existir há séculos, você provavelmente já nasceu em um mundo onde a maioria das pessoas- inclusive sua mãe, seu pai, avo, tataravo e tatataravo,- já a conheciam e além disso, a coca-cola é o “símbolo maior” da expansão capitalista e por causa do apelo ao consumismo veiculado pelas propagandas, mesmo que você não queira, ou te passe desapercebido, ao menos uma vez ao dia você enxerga essa logomarca em algum lugar: ou na TV, ou nos outdoors, ou na internet, ou em roupas, ou em cartazes, em algum bar, lanchonete, mercado, ou banca de revista ...
(salvo por circunstancias alheias, como por exemplo: estar preso, ou ser um BBB, etc..)
É impossível esquecer da bendita coca-cola, porque além dela inevitavelmente se tornar inerente ao seu conhecimento, ela é vista quase diariamente.
Você nunca vai chegar em uma lanchonete e dizer para o atendente: “ô moço, me vê aquele refrigerante .... aquele da cor escura .... aquele .... éééé....” porque você não vai esquecer que o nome daquilo é coca-cola.
Como as coisas são né?
A gente esquece a letra da musica que gosta...
Demora para lembrar da fisionomia da primeira professora que teve...
Eventualmente troca ou esquece uma ou outra letra da senha de e-mail...
Mas basta ouvir falar “coca-cola” e a imagem aparece automática na sua cabeça em menos de segundos.
Pena que pessoas não são cocacólicas.
Datas, situações, emoções, fisionomia, nomes....também não são.
Como resolve isso ?
E se os textos/livros de leitura obrigatória na faculdade, passassem a ser escritos nas embalagens de chocolate, encartes de DVD, ou fossem cantados por Adele ou citados em stand-up comedy do Danilo Gentili, para torná-los mais estimulantes??
Ficaria difícil transformar certos dias em gifs para que eu não esquecesse detalhes?
Pega mal se eu grampear meus amigos em mim para não perder eles?
Aí eu tive uma idéia melhor e mais realista...
Americanos tem um feriado nacional que destinam a recordar e agradecer das coisas boas que aconteceram durante o ano. Esse feriado, que acontece nos EUA e no Canadá, eles chamam de Thanksgiving Day (Dia de Ação de Graças) e eles comemoram com comida, desfiles, jogo de baseball etc...
Os símbolos mais significativos dessa comemoração são os alimentos que os americanos consomem no jantar de Ação de Graças: peru, amora, peixe e milho...  
De maneira geral, esses alimentos celebram o país e o cultivo tradicional
O mais típico é o peru. Provavelmente, essa ligação é bem antiga, mas não sei o significado... Só sei que ele é tão importante que mais de 90% dos americanos comem isso nesse dia e todo ano,por tradição, o presidente dos EUA captura um peru na noite anterior ao Dia de Ação de Graças.1
O milho é o símbolo da sobrevivência dos colonizadores e as amoras é em memória dos índios norte-americanos que ensinaram os peregrinos a fazer um molho de amora chamado "ibimi", que significa fruta amarga.
No Canadá o Thanksgiving Day é comemorado na segunda feira da segunda semana de outubro (esse ano será dia 10 de outubro) e nos EUA é na quinta feira da quarta semana de novembro (dia 24 de novembro de 2011)
Escrevo isso porque apesar de estarmos em setembro, tive a idéia de começar a fazer ~my own thanksgiving day~, todo ano para agradecer/lembrar as pessoas que eu conheci durante o ano/no ano passado/um dia desses/em 345 a.C., etc...
Minhas comidas típicas seriam: doritos, chiclete mentos, kitkat, pastel de frango, pão de queijo sem queijo, dentre outras ....
Explico:

Doritos
Lembro da Vanessa quando vejo doritos, porque ela gosta de Doritos.
Ãã – hãm2
Basicamente, todos os grandes impasses da vida de Vanessa poderiam ser resolvidos com Doritos...
“Ai, minha cabeça da doendo...” Toma Van, come um doritos
“O Santos perdeu!! ...” vamo lá comprar um doritos...
“Aquele moço da biblioteca me tratou mal, vou rolar ele no ácido sulfúrico....” Relaxa Van, trouxe um doritos pra você
“Quero morreeeee ....” fica Van, vai ter Doritos
Estranho fala: “Desculpa moça, esbarrei em você”  Vanessa: “Desculpa não, quero um doritos 200gr”

Mentos pure fresh
Eu tive que olhar na embalagem pra escrever o nome desse chiclete, porque Paty Frita3 e eu nos acostumamos a chamar de “chicletinho descolado”
Trapícia adora paçoca e chicletes (não qualquer paçoca, é aquela paçoca que não é a paçoca rolha).
Nem sempre ela come paçoca, mas nunca recusa um chiclets descolado.

KitKat
Eu tenho uma mania ridícula de achar que quando eu gosto de alguma coisa, o mundo inteiro deve gostar também e adotar como parâmetro do que é bom e certo.
Por mim, rock n’roll devia ser uma disciplina do ensino fundamental por exemplo, mas cadê que a sociedade me apóia?
Mas uma vez deu certo: eu, viciada que sou nesse tal de kitkat, viciei também a menina Luciana.
Durante uma semana inteira, comprei kitkat pra mim e pra ela.
Bons tempos aqueles ...

Pastel de frango
A lanchonete do Fernando é um dos points gastronômicos mais badalados de toda Marechal Candido Rondon...senão a melhor das “três” lanchonetes que têm a cidade.
Quase diariamente, eu, Mariah, Thais, Ubi e Ramirez nos encontramos por lá pra jantar.
A prata da casa: O pastel de frango.

Pão de queijo sem queijo
Drica inventou essa receita por minha causa, porque eu não gosto de queijo.
Toda vez que eu vou na casa dela eu provo dessa iguaria.

Se fosse pra comemorar só com comida, tá incompleto o menu do meu thanksgiving.
Algumas pessoas nem desconfiam que estariam nesse meu ~feriado nacional pessoal~, pois não sabem o apreço que lhes tenho...
Outras eu não tenho uma comida simbólica pra relacionar, e etc ...
Mas ainda estou em fase de criação, vou adaptar.
Não é absolutamente improvável que eu realmente faça isso, por que quando eu era criança, eu dava nome para todos os objetos da casa: para o liquidificador, para a vassoura, para o rádio, para a TV ...
Esta sou eu, assim que funciona minha mente. Porém mamãe, ficava confusa.
Engraçado é lembrar que eu dizia pra ela: “Mãe, quando eu crescer eu quero ser um Power Ranger” ela: “Então estuda minha filha, estudaa !!”
E quando ela ia fazer rocambole de coco e eu inventava que queria ajudar, mas na verdade ficava comendo o recheio ?
Ta aí, mais um prato típico para o meu thanksgiving: rocambole de coco
Outro fato interessante: pesquisando, descobre-se que existe um dia do ano específico destinado para quase tudo que existe nesta face da Terra.
Hoje, dia 04 de setembro é dia da lei Eusébio de Queiroz.
Dia 11 de setembro é dia da infâmia.
Dia 12 de setembro é dia da recreação.
Dia 29 de setembro é dia do petróleo.
Dia 03 de outubro é dia das abelhas.
Dia 16 de outubro é dia da alimentação.
Dia 21 de outubro é dia do contato.
Não querendo desmerecer esses dias, mas tem dias mais interessantes para se criar...
Tipo...
“Dia da proclamação da dependência do chocolate”: existe uma diminuta parcela da população que não gosta ou não pode comer chocolate, mas em prol de uma suprema maioria que se declara “viciada” acho que isso merecia um dia específico.
“Dia da mobilização contra o não-final da caverna do dragão”: não sei o resto do mundo, mas eu fico indignada com o fato de Lost, Harry Potter, Friends, Seinfield, Familia dinossauros,  terem tido um final e caverna do dragão não. As versões que se encontram na internet não me convencem nem um pouco. Só vou acreditar quando transmitirem na TV globinho ou com a Maysa apresentando no sábado animado.
“Dia internacional da Lei de Murphy”: porque se hoje é dia da lei Eusébio de Queiroz, por que não pode ter o dia da lei de Murphy? até porque, ela é muito mais presente e atual (pelo menos na minha vida é)
“Dia do nunca te vi, sempre te amei”: gente... quem nunca?
Pode ser um humano, ou pode ser outras coisas, tipo: Eu amo a Europa, mas o mais perto que cheguei de algo chamado Europa é o filtro d’água.
“Dia do guarda-chuva sensual”: Quem nunca passou pela situação de tomar um belo banho de chuva por estar desprovido de um guarda-chuva em um dia chuvoso e devido a esta experiência lastimável, passar a levar um guarda-chuva consigo todas as vezes que desconfia que irá chover e se frustar profundamente porque nenhuma gota de água caiu do céu???
Após ter vivido isso, você, pobre ser humano ressentido, passa a usar de silogismos associando o fato de que toda vez (sem exceções) que você leva um guarda-chuva consigo, não chove ... o guarda-chuva acaba sendo somente um acessório sem real utilidade, servindo apenas para te ~deixar mais sensual~
“Dia da depressão pré-segundafeira” : Porque onze entre dez pessoas odeiam a segunda-feira, principalmente domingo à noite.
“Dia da consciência hipster”: Porque hipsters também são subjulgaldos pela sociedade: povo que se veste com toalha de mesa, cafonas, os moradores de universos paralelos, os criadores de movimentos sem sentido (tipo isso que eu to fazendo aqui, criando esses “dia do...”), os fãs de Bob Dylan, bandas indie e bandas que têm mais que 15 consoantes no nome e menos que 15 fãs, que reclama quando sua balada preferida vira matéria em guia de jornal ou revista, porque vai ficar muito ~mainstream~, que faz coleção de quadrinhos do Spider-man (hipster não fala Homem-Aranha) e por aí vai...
Parece tudo um bando de fútil querendo se passar por diferentão e cult...
Muitos são mesmo.
Mas a outra parcela que não é alienada, merece consideração...
E todo mundo tem um ladinho hipster, fala que não?
Os beastie boys por exemplo, são rappers, mas também são um pouco hipsters, uma vez que foram os primeiros rappers brancos ~e judeus~  que fizeram sucesso (se bem que se faz sucesso, já não é hipster)
Pega essa rima rica da música body movin’:
Like a bottle of Chateau Neuf Du Pap /I'm fine like wine when I start to rap
“I’m fine like wine” adoro essa rima ... é tipo o “susse no musse”

Enfim, acho que tem muito mais questões de essencial importância subjetiva, que serviriam como argumentos de indubitável credulidade para a criação de mais datas
comemorativas.
Conclusão: ~ Tem que ver isso ae ~
Como diriam os Beastie Boys: ♪♫ (You gotta) Fight !!! For your right (to party) ♪♫
Ia colocar essa musica no início do post, mas coloquei Body Movin’ por que o clip inteiro é uma busca incessante por algo secreto, importante  e desconhecido (é uma sátira aos filmes do Batman e do James Bond, na verdade)e no final descobre-se que é a receita de uma sopa ou molho (spoiler).
E essa sopa (ou molho)me remete à coca-cola que até hoje ninguém sabe a receita ... e coca-cola me remete a comemorações ... que me remete ao fato de que se comemora para não esquecer ....que me remete de novo a coca-cola cujo lapso é impossível... que me remete a coisas que eu esqueço e não deveria esquecer... que me remete a datas comemorativas...
Looping infinito
















o presidente dos EUA captura um peru na noite anterior ao Dia de Ação de Graças.1: Memória honrosa ao peru Rámon, animal de estimação do amigo nelturiano André, que veio a falecer num acidente trágico envolvendo um portão este ano.
Descanse em paz, Rámon.
Ãã – hãm2: onomatopéia interjectiva criada por Nelson em 1989 (SIMPSONS, The) e interpretada por ROSS,(2011) metaforizando de modo quase cinestésico, a expressão sarcástica de senso comum que sucede uma constatação óbvia: “Ah vá !!!!”
Paty Frita3: Paty Frita e Trapícia são codinomes de Patrícia Frai, uma das líderes da gangue ginger hair de vanguarda unioesteana da cidade de Marechal Candido Rondon. Possui posicionamento político de esquerda e luta veementemente contra o absolutismo nas aulas de latim, criando estratégias de golpe de estado, que culminará naquilo que as gerações futuras conhecerão através dos livros didáticos de ensino de história, como:A revolta da terceira declinação.