domingo, 18 de setembro de 2011

Overkill ♪



"At some point in your life, you find a use for every useless talent you've ever had. It's like connecting dots when you're stuck in a spiral. You reach up. Just reach up.”(GRINDHOUSE- Planet Terror/Death Proof. Robert Rodriguez/Quentin Tarantino.2007.P.T.:80 min, D.P.: 90 min.Paródia/Terror.Inglês)1


"Chega um ponto na vida em que encontramos utilidade para cada um de nossos talentos inúteis. É que nem ligar pontos quando você está preso em uma espiral. Você alcança. Simplesmente alcança". - dizia a personagem Cherry Darling no filme Planet Terror.
Utilidade eu não encontrei, mas cheguei a mesma conclusão que Cherry: Todo mundo tem mesmo um ~talento natural ~ absolutamente inútil e desnecessário para se orgulhar...
Até eu tenho...
(Tive que pensar por horas para encontrar algo para ser escrito aqui, mas com muito custo achei...)
Ei-los:
Lava-copos : Com efeito, minha mão, que é pequena, me qualifica como ser humano dotado da habilidade genética para lavar recipientes e demais utensílios de cozinha, cuja borda ou o espaço interno seja estreito, de forma categórica e magistral.
Não que isso seja importante...
Sommelier de iogurte: Como há muitos anos eu não almoço nem janto em casa, o iogurte fez/faz parte do meu cardápio. Para não enjoar, a tática é diversificar os iogurtes: um dia bliss, no outro flan, outro dia batavito...as vezes até activia.
Perdi esse hábito há pouco tempo, mas ainda sei opinar sobre muitos iogurtes que estão na prateleira do supermercado e dizer qual combina mais com chee-tos, qual iogurte tem mais “ferro”, etc....
Oleira de papel alumínio: Antes que aqueles papéis-alumínios2 que prestimosamente envolvem bombons sonho de valsa2 (ou ouro branco), culminem sua existência indo para o lixo sem sentir nenhuma glória.. assumi como minha responsabilidade conceder-lhes a alegria de transformarem-se em um resplandente cálice, tal qual faz um oleiro que transforma a argila em objeto de cerâmica (tal qual faz a Demi Moore no filme Ghost ao som de ♪♫ Oooohhh myyyyy looooveee my daaaaarling.... ♪♫) para que aquela humilde embalagem, receba um “ó que bonitinha, hein!” antes de ser vilmente amassada e vá juntar-se as outras sobras e detritos da cozinha.
Mas isto foi antes dos fabricantes mudarem a embalagem e tirarem o papel alumínio.
Intérprete de Power Ranger rosa: com muito treino, esforço e dedicação, eu conquistei o posto de “rosa” na brincadeira de Power Ranger na infância.
Foram muitas tardes treinando na frente da TV para  fazer certo cada um daqueles movimentos de karate kid  e a coreografar o gesto do “é hora de morfar”
Por que ser a Power Ranger rosa nas brincadeiras na infância, era mais concorrido do que concurso do INSS ... todas as meninas aspiravam ao cargo.
E pelo que eu me lembro, eu era muito respeitada pela minha competência como pseudo-dublê de Power Ranger ... tanto que sempre que surgiam aquelas dúvidas operacionais como “quem era mesmo que tinha a adaga de prata ?” Invariavelmente respondiam: “Ah, Eu acho que é o Tommy, mas pra ter certeza pergunta pra Aninha”
Eu era assim, super profissional.
Só mencionei minha habilidade enquanto Power Ranger na categoria talento infantil, mas na verdade, 80% das coisas mais descoladas eu só soube fazer na infância...
Minhas “skills” modernas são chatas (além de, obviamente, desnecessárias)
Tipo: sei fazer perguntas virarem retóricas, usando um sorrisinho pseudo-intelectual para preencher o tempo de espera do interlocutor pela minha resposta. E sei também desviar o foco de assuntos com piadinhas muito ruins, subvertendo a interpretação alheia ...
Mas com isso não consigo nem me inscrever no quadro “se vira nos trinta” do Faustão.
Aliás, com o advento do youtube, chamar qualquer semi-aptidão de ~talento~ é eufemismo. Você ~acha~que sabe fazer bem alguma coisa, até ver o vídeo de alguém que faz melhor.
Por intermédio deste fantástico site de vídeos, posso constatar que qualquer criança da China sabe fazer uns cem tipos diferentes de origami, fazendo parecer minhas pobres e humildes tacinhas de papel-alumínio de bombom, o trabalho escolar de algum aluninho da pré-escola.
E eu não procurei, mas deve ter vídeos exibindo alguma filha duma diaba que seja melhor Power Ranger rosa do que eu fui.
Eu até invejo pessoas com aptidões.
E quem não inveja? Quem não deseja ser bom em alguma coisa?
Estou convencida da universalidade desta ambição humana e até me arrisco a dizer que todo mundo se dedica em determinado momento da vida à desenvolver uma habilidade para alguma coisa. Incentivado ou pela vaidade ou pela necessidade.
Para ser sincera, acho que a vaidade molda mais talentos do que a necessidade.
Por que nem todo mundo precisa desenvolver uma habilidade porque isso é uma necessidade para sua sobrevivência. Mas todo mundo quer aprovação, atenção, respeito das outras pessoas... e ser bom em alguma coisa (associado a outros fatores) é um caminho curto para conquistar tal objetivo.
Os talentos mais legais e descolados são inúteis, na verdade.
Até porque música e arte, por exemplo, sob um ponto de vista pragmático e capitalista, não tem utilidade prática.
Eu achava que as perguntas filosóficas mais difíceis de responder seriam: Qual o sentido da vida? Quem somos? Para onde vamos?
Até quando me deparei com perguntas sobre a utilidade das coisas.
O que é útil? Para que e para quem algo é útil? O que é o inútil? Por que e para quem algo é inútil?
O senso comum de nossa sociedade considera útil o que dá prestígio, poder, fama e riqueza. Julga o útil pelos resultados visíveis das coisas e das ações.
Desse ponto de vista, a arte, a música, a literatura... a própria filosofia ...são inteiramente inúteis e defendem o direito de serem inúteis.
Todavia se o trabalho em prol da desalienação das pessoas pela submissão às idéias dominantes e aos poderes estabelecidos for útil; se buscar compreender a significação do mundo, da cultura, da história for útil; se conhecer o sentido das criações humanas nas artes, nas ciências e na política for útil.... Aí sim a filosofia, a música, a literatura são as atividades mais úteis do mundo.
Fora desse contexto, o ser humano de uma maneira geral é inútil.
Teóricos, físicos, biólogos, escritores....se esmeram em provar por A mais B que somos ácaros da poeira cósmica, um minúsculo cílio coçando o olho de Deus ...
Nosso cérebro nesse contexto não passa de um mecanismo que desempenha a função de reproduzir ilusões, fantasias ou qualquer coisa que nos faça esquecer que somos inúteis.
Se eu fico pensando demais nisso, me convenço de que a vida não passa de uma idéia prosaica e sem sentido prático algum, que não seja o de ganhar a vida vendendo abacaxi em praias paradisíacas, eventualmente viajar em cruzeiros, fazer uns bons cursos de línguas e música, etc...
Como diria Sheldon Cooper3: “Nós só temos que ser nutridos, expelir excrementos e inalar oxigênio, todo o resto é opcional"
Pessimista, mas até que faz sentido... não?
Minha mãe costumava dizer, que eu deveria passar a minha vida inteira fazendo aquilo que eu gostasse ... porque fazendo aquilo que eu gosto, eu faria muito bem.
Fazendo alguma coisa muito bem, eu seria muito talentosa e daí eu poderia ajudar muitas pessoas e “fazer a diferença neste mundo” (e ganhar muito dinheiro também lógico)
Aaaahhh se mamãe tivesse lido “O capital” ao invés de “Polyana” e “Sabrina”...
Com essa globalização e capitalismo e etc ... o campo profissional tornou-se uma ~arena~ profissional onde não basta que você seja “bom”, precisa competir com outros “bons”
Sempre tive essa preocupação em saber fazer bem alguma coisa (ainda não sei). Mas em oposto nunca fui competitiva.
Digamos que eu tenho a habilidade natural de perder.
Inclusive evito participar de jogos e/ou competições porque eu já sei que eu vou me frustrar.
Porém, graças a um episodio de Scrubs4 eu descobri que ~tava fazendo isso errado~
Quem disse que sitcoms e seriados não educam ?
O episódio 20 da primeira temporada chamado: “My way or the highway” trata do assunto “ser ou não ser competitivo, eis a questão”
O JD (protagonista), tem uma ~mini-stressadinha~ porque tudo para o Turk (seu BFF) é motivo de competição.
E o Turk sempre vence no final e como castigo o JD tem que falar pra ele: “I’m your bitch”.
Na brincadeira, até que tudo bem... só que os dois trabalham no mesmo local: O hospital Sacret Heart; o Turk como cirurgião e o JD como médico geral e ocorreu que um paciente do JD estava com uma doença e teria que decidir sobre se trataria dela clinicamente ou fazendo uma cirurgia.
Para colaborar com o paciente na sua decisão, JD chamou o Turk com a intenção de que ele falasse sobre os riscos que implicam uma cirurgia e que por isso era melhor um tratamento clínico.
Mas Turk, ao analisar o paciente, se posicionou a favor de uma cirurgia.
E o paciente optou por fazer a cirurgia.
JD e o Turk discutem por causa disso e o JD acredita que essa discussão se deve ao fato de que para o Turk tudo não passa de uma competição.
No auge da discussão deles, houve o seguinte diálogo:
JD: Aquele paciente era meu Turk.Levei você lá como amigo, mas você é tão competitivo que o tirou de mim, isso é uma merda.
Turk:Azar.
JD: Como é que é?
Turk: Pode ter certeza que eu sou competitivo, isso faz de mim um bom médico.Quero ganhar tudo, todos os dias e você devia querer o mesmo.
JD: Isso é amizade?
Turk: Isso não tem nada a ver com amizade, você está zangado é consigo mesmo porque não consegue acreditar em você.
No final do episodio o JD fala assim: As vezes você tem que admitir que se sentir competitivo não é uma coisa má. Se acredita que está correto, tem que lutar por isso.

Mudei muitos pensamentos depois de ter assistido esse episódio.

Outro episódio bom de Scrubs ( um dos que eu mais gosto) é o episódio 01 da segunda temporada que se chama “my overkill”
By the way: Overkill é uma música que fez sucesso nos anos 80. É da banda Men at Work e o Colin Hay (vocal e guitarra da banda) aparece no começo desse episódio tocando um violão e cantando a música (tá no vídeo em epígrafe à este post)
Essa música é trilha sonora para esses meus pensamentos a respeito do universo, da vida insônia, “as implicações de mergulhar tão fundo” e tudo mais... (♪♫ I can’t get to sleep…I think about the implications of diving in too deep and possibly the complications…Specially at night I worry over situation…I know it'll be alright…Perhaps it's just imagination. Day after day it reappears…Night after night my heartbeat, shows the fear…Ghosts appear and fade away(…)♪♫)

Tudo isso eu escrevi (vou desabafar agora, estou com lágrimas nos olhos, me escutem), porque amo/sou guitar hero e estou sofrendo bullyng do meu vizinho de 08 anos que joga melhor que eu.
Não foi para isso que minha mãe me deu educação.... não era essa a vida que ela queria para a filha ... ai que tristeza.














(GRINDHOUSE- Planet Terror/Death Proof. Robert Rodriguez/Quentin Tarantino.2007.P.T.:80 min, D.P.: 90 min.Paródia.Inglês)1: isso não é uma referência bibliográfica correta porque eu não tenho as informações do filme para catalogar, é só uma semi-referência.
Grindhouse é um projeto do cineasta Quentin Tarantino com o amigo dele Robert Rodriguez.
Trata-se de “um” filme que é “dois”.
Há duas histórias dentro de Grindhouse: Planet Terror, dirigido por Rodriguez, que mostra rebeldes lidando com zumbis enquanto enfrentam militares; e Death Proof, dirigido por Tarantino, que mostra um dublê misógino que usa seu carro para matar suas vítimas.
É para ser terror, mas também chamam de parodia/homenagem à filmes de horror da década de 1970.
E os filmes foram exibidos separados aqui no Brasil.
O filme em si não fez sucesso não... mas os trailers falsos fizeram.
Teve até um diretor que fez um filme baseado nos trailers falsos.
Curiosidade: Grindhouse não é “casa de trituração” como eu toscamente traduzi da primeira vez que li.“Grindhouses” eram as casas de cinema não-populares, que exibiam filmes não-famosos, cujo o conteúdo era muito não-fraco e a maioria das pessoas consideravam não-bons.
Era não-fácil essas grindhouses viu.
Os filmes exibidos normalmente dependiam do gosto do dono da sala. Ou então se faziam “maratonas” de filmes com determinado tema, estilo ou ator ou ainda, uma  “Sessão Dupla”, com o filme principal, e “ a outra metade” seu dito filme B.
Filmes exploitation ( filmes de baixa qualidade que exploravam assuntos "tabus" como sexo, drogas, violência, racismo, etc.) e filmes gore (gore significa sangue coagulado e é também um termo utilizado para representar filmes onde a escatologia é exagerada, com cenas de sangue em excesso, órgãos expostos e outras nojeiras) eram exibidos nessas casas.
As Grindhouses surgiram nos anos 60 e decaíram nos anos 80 com a popularização do VHS

Papéis-alumínios2 e sonho de valsa2: Eu pensei assim: Papel-alumínio como é substantivo + substantivo fica papéis-alumínios (eu acho) e sonho de valsa fiquei na dúvida se tinha hífen, mas eu considerei que não.
Agora: não sei nada dessa nova reforma ortográfica...
Eu vou continuar colocando hífen nas minhas palavras compostas, ainda que seja só mentalmente.
Algumas palavras fazem muito mais sentido com hífen.
Anti-social por exemplo: aqui o hífen carrega um significado para além do sinal gráfico, estabelece uma distância... explica que o “anti” quer o “social” bem longe...
Só digo uma coisa: eu escondi meus hífens no porão e vou protege-los com a minha vida dos inquisitores da reforma.
E foi só depois de ter escrito tudo isso eu lembrei que poderia ter procurado no Google como se escreve o plural de papel-aluminio e sonho de valsa.
Agora eu procurei. Tá certo.
Quanto a ortografia do resto do texto eu não garanto.

Sheldon Cooper3 : Personagem principal do sitcom The Big Bang Theory e uma pessoa que eu gostaria muito de ser na real life.

Scrubs4: mais um seriado de médicos.
É o mesmo estilo de Greys Anatomy, só que é ~engraçadinho~.
Começa o episódio com o JD narrando um tema e termina com ele narrando também.
Personagens:
J.D. ou Dr. John Michael Dorian: Ele é o tipinho de loser que tem boas intenções, bom coração também ... mas tudo que ele faz intencionando ser a melhor escolha, se revela todas as vezes ser a pior e ele se ferra. As in: Coyote tentando pegar o papa-léguas
Por ele naturalmente ser meio bobão e por estar iniciando a carreira de médico, ele erra muitas vezes (o apelido dele é noobie, by the way), passa por várias dificuldades, têm muitas dúvidas,... e os enredos dos episódios com frequência tem sua ênfase no aprendizado dele à partir destas circunstâncias
Turk: Cirurgião e B.F.F. do JD, eles moram juntos até a quarta temporada.
É engraçado, parceiro, supercompetitivo, crianção, namorado e futuro marido da Carla (spoiler).
Carla: É parceira, geniosa, boa-conselheira, namorada e futura esposa do Turk (spoiler).
Elliot: Desastrada, tem o dom de falar a coisa errada, na hora imprópria. 
The Janitor: Criador de tretas com o JD.
Em verdade, JD nunca fez nada contra ele, mas mesmo assim o zelador faz dele sua perpétua vítima, infernizando-o por instinto e diversão.
Dr. Perry Cox: ~O trollao~ Pensa um cara com a inteligência e o sarcasmo do Dr. House (mais ou menos), só que com trejeitos de Rafinha Bastos fazendo stand-up comedy ... é mais ou menos isso (ou não)
Ele é o “mentor” do JD e trata-o com sarcasmo e desdém, chama-o por nome de mulher, ridiculariza seus atos ... porém secretamente tem muito apreço por ele.
Rowdy: é o bichinho de estimação do JD e do Turk: um cão empalhado




domingo, 4 de setembro de 2011

Body Movin’ ♪



“É impossível o lapso cocacólico.”
Quem veio com essa foi um professor de filosofia que eu tive, citando Michel Melamed.
Defendia ele que o conhecimento sobre o que vem a ser coca-cola é ontológico porque por essa bebida existir há séculos, você provavelmente já nasceu em um mundo onde a maioria das pessoas- inclusive sua mãe, seu pai, avo, tataravo e tatataravo,- já a conheciam e além disso, a coca-cola é o “símbolo maior” da expansão capitalista e por causa do apelo ao consumismo veiculado pelas propagandas, mesmo que você não queira, ou te passe desapercebido, ao menos uma vez ao dia você enxerga essa logomarca em algum lugar: ou na TV, ou nos outdoors, ou na internet, ou em roupas, ou em cartazes, em algum bar, lanchonete, mercado, ou banca de revista ...
(salvo por circunstancias alheias, como por exemplo: estar preso, ou ser um BBB, etc..)
É impossível esquecer da bendita coca-cola, porque além dela inevitavelmente se tornar inerente ao seu conhecimento, ela é vista quase diariamente.
Você nunca vai chegar em uma lanchonete e dizer para o atendente: “ô moço, me vê aquele refrigerante .... aquele da cor escura .... aquele .... éééé....” porque você não vai esquecer que o nome daquilo é coca-cola.
Como as coisas são né?
A gente esquece a letra da musica que gosta...
Demora para lembrar da fisionomia da primeira professora que teve...
Eventualmente troca ou esquece uma ou outra letra da senha de e-mail...
Mas basta ouvir falar “coca-cola” e a imagem aparece automática na sua cabeça em menos de segundos.
Pena que pessoas não são cocacólicas.
Datas, situações, emoções, fisionomia, nomes....também não são.
Como resolve isso ?
E se os textos/livros de leitura obrigatória na faculdade, passassem a ser escritos nas embalagens de chocolate, encartes de DVD, ou fossem cantados por Adele ou citados em stand-up comedy do Danilo Gentili, para torná-los mais estimulantes??
Ficaria difícil transformar certos dias em gifs para que eu não esquecesse detalhes?
Pega mal se eu grampear meus amigos em mim para não perder eles?
Aí eu tive uma idéia melhor e mais realista...
Americanos tem um feriado nacional que destinam a recordar e agradecer das coisas boas que aconteceram durante o ano. Esse feriado, que acontece nos EUA e no Canadá, eles chamam de Thanksgiving Day (Dia de Ação de Graças) e eles comemoram com comida, desfiles, jogo de baseball etc...
Os símbolos mais significativos dessa comemoração são os alimentos que os americanos consomem no jantar de Ação de Graças: peru, amora, peixe e milho...  
De maneira geral, esses alimentos celebram o país e o cultivo tradicional
O mais típico é o peru. Provavelmente, essa ligação é bem antiga, mas não sei o significado... Só sei que ele é tão importante que mais de 90% dos americanos comem isso nesse dia e todo ano,por tradição, o presidente dos EUA captura um peru na noite anterior ao Dia de Ação de Graças.1
O milho é o símbolo da sobrevivência dos colonizadores e as amoras é em memória dos índios norte-americanos que ensinaram os peregrinos a fazer um molho de amora chamado "ibimi", que significa fruta amarga.
No Canadá o Thanksgiving Day é comemorado na segunda feira da segunda semana de outubro (esse ano será dia 10 de outubro) e nos EUA é na quinta feira da quarta semana de novembro (dia 24 de novembro de 2011)
Escrevo isso porque apesar de estarmos em setembro, tive a idéia de começar a fazer ~my own thanksgiving day~, todo ano para agradecer/lembrar as pessoas que eu conheci durante o ano/no ano passado/um dia desses/em 345 a.C., etc...
Minhas comidas típicas seriam: doritos, chiclete mentos, kitkat, pastel de frango, pão de queijo sem queijo, dentre outras ....
Explico:

Doritos
Lembro da Vanessa quando vejo doritos, porque ela gosta de Doritos.
Ãã – hãm2
Basicamente, todos os grandes impasses da vida de Vanessa poderiam ser resolvidos com Doritos...
“Ai, minha cabeça da doendo...” Toma Van, come um doritos
“O Santos perdeu!! ...” vamo lá comprar um doritos...
“Aquele moço da biblioteca me tratou mal, vou rolar ele no ácido sulfúrico....” Relaxa Van, trouxe um doritos pra você
“Quero morreeeee ....” fica Van, vai ter Doritos
Estranho fala: “Desculpa moça, esbarrei em você”  Vanessa: “Desculpa não, quero um doritos 200gr”

Mentos pure fresh
Eu tive que olhar na embalagem pra escrever o nome desse chiclete, porque Paty Frita3 e eu nos acostumamos a chamar de “chicletinho descolado”
Trapícia adora paçoca e chicletes (não qualquer paçoca, é aquela paçoca que não é a paçoca rolha).
Nem sempre ela come paçoca, mas nunca recusa um chiclets descolado.

KitKat
Eu tenho uma mania ridícula de achar que quando eu gosto de alguma coisa, o mundo inteiro deve gostar também e adotar como parâmetro do que é bom e certo.
Por mim, rock n’roll devia ser uma disciplina do ensino fundamental por exemplo, mas cadê que a sociedade me apóia?
Mas uma vez deu certo: eu, viciada que sou nesse tal de kitkat, viciei também a menina Luciana.
Durante uma semana inteira, comprei kitkat pra mim e pra ela.
Bons tempos aqueles ...

Pastel de frango
A lanchonete do Fernando é um dos points gastronômicos mais badalados de toda Marechal Candido Rondon...senão a melhor das “três” lanchonetes que têm a cidade.
Quase diariamente, eu, Mariah, Thais, Ubi e Ramirez nos encontramos por lá pra jantar.
A prata da casa: O pastel de frango.

Pão de queijo sem queijo
Drica inventou essa receita por minha causa, porque eu não gosto de queijo.
Toda vez que eu vou na casa dela eu provo dessa iguaria.

Se fosse pra comemorar só com comida, tá incompleto o menu do meu thanksgiving.
Algumas pessoas nem desconfiam que estariam nesse meu ~feriado nacional pessoal~, pois não sabem o apreço que lhes tenho...
Outras eu não tenho uma comida simbólica pra relacionar, e etc ...
Mas ainda estou em fase de criação, vou adaptar.
Não é absolutamente improvável que eu realmente faça isso, por que quando eu era criança, eu dava nome para todos os objetos da casa: para o liquidificador, para a vassoura, para o rádio, para a TV ...
Esta sou eu, assim que funciona minha mente. Porém mamãe, ficava confusa.
Engraçado é lembrar que eu dizia pra ela: “Mãe, quando eu crescer eu quero ser um Power Ranger” ela: “Então estuda minha filha, estudaa !!”
E quando ela ia fazer rocambole de coco e eu inventava que queria ajudar, mas na verdade ficava comendo o recheio ?
Ta aí, mais um prato típico para o meu thanksgiving: rocambole de coco
Outro fato interessante: pesquisando, descobre-se que existe um dia do ano específico destinado para quase tudo que existe nesta face da Terra.
Hoje, dia 04 de setembro é dia da lei Eusébio de Queiroz.
Dia 11 de setembro é dia da infâmia.
Dia 12 de setembro é dia da recreação.
Dia 29 de setembro é dia do petróleo.
Dia 03 de outubro é dia das abelhas.
Dia 16 de outubro é dia da alimentação.
Dia 21 de outubro é dia do contato.
Não querendo desmerecer esses dias, mas tem dias mais interessantes para se criar...
Tipo...
“Dia da proclamação da dependência do chocolate”: existe uma diminuta parcela da população que não gosta ou não pode comer chocolate, mas em prol de uma suprema maioria que se declara “viciada” acho que isso merecia um dia específico.
“Dia da mobilização contra o não-final da caverna do dragão”: não sei o resto do mundo, mas eu fico indignada com o fato de Lost, Harry Potter, Friends, Seinfield, Familia dinossauros,  terem tido um final e caverna do dragão não. As versões que se encontram na internet não me convencem nem um pouco. Só vou acreditar quando transmitirem na TV globinho ou com a Maysa apresentando no sábado animado.
“Dia internacional da Lei de Murphy”: porque se hoje é dia da lei Eusébio de Queiroz, por que não pode ter o dia da lei de Murphy? até porque, ela é muito mais presente e atual (pelo menos na minha vida é)
“Dia do nunca te vi, sempre te amei”: gente... quem nunca?
Pode ser um humano, ou pode ser outras coisas, tipo: Eu amo a Europa, mas o mais perto que cheguei de algo chamado Europa é o filtro d’água.
“Dia do guarda-chuva sensual”: Quem nunca passou pela situação de tomar um belo banho de chuva por estar desprovido de um guarda-chuva em um dia chuvoso e devido a esta experiência lastimável, passar a levar um guarda-chuva consigo todas as vezes que desconfia que irá chover e se frustar profundamente porque nenhuma gota de água caiu do céu???
Após ter vivido isso, você, pobre ser humano ressentido, passa a usar de silogismos associando o fato de que toda vez (sem exceções) que você leva um guarda-chuva consigo, não chove ... o guarda-chuva acaba sendo somente um acessório sem real utilidade, servindo apenas para te ~deixar mais sensual~
“Dia da depressão pré-segundafeira” : Porque onze entre dez pessoas odeiam a segunda-feira, principalmente domingo à noite.
“Dia da consciência hipster”: Porque hipsters também são subjulgaldos pela sociedade: povo que se veste com toalha de mesa, cafonas, os moradores de universos paralelos, os criadores de movimentos sem sentido (tipo isso que eu to fazendo aqui, criando esses “dia do...”), os fãs de Bob Dylan, bandas indie e bandas que têm mais que 15 consoantes no nome e menos que 15 fãs, que reclama quando sua balada preferida vira matéria em guia de jornal ou revista, porque vai ficar muito ~mainstream~, que faz coleção de quadrinhos do Spider-man (hipster não fala Homem-Aranha) e por aí vai...
Parece tudo um bando de fútil querendo se passar por diferentão e cult...
Muitos são mesmo.
Mas a outra parcela que não é alienada, merece consideração...
E todo mundo tem um ladinho hipster, fala que não?
Os beastie boys por exemplo, são rappers, mas também são um pouco hipsters, uma vez que foram os primeiros rappers brancos ~e judeus~  que fizeram sucesso (se bem que se faz sucesso, já não é hipster)
Pega essa rima rica da música body movin’:
Like a bottle of Chateau Neuf Du Pap /I'm fine like wine when I start to rap
“I’m fine like wine” adoro essa rima ... é tipo o “susse no musse”

Enfim, acho que tem muito mais questões de essencial importância subjetiva, que serviriam como argumentos de indubitável credulidade para a criação de mais datas
comemorativas.
Conclusão: ~ Tem que ver isso ae ~
Como diriam os Beastie Boys: ♪♫ (You gotta) Fight !!! For your right (to party) ♪♫
Ia colocar essa musica no início do post, mas coloquei Body Movin’ por que o clip inteiro é uma busca incessante por algo secreto, importante  e desconhecido (é uma sátira aos filmes do Batman e do James Bond, na verdade)e no final descobre-se que é a receita de uma sopa ou molho (spoiler).
E essa sopa (ou molho)me remete à coca-cola que até hoje ninguém sabe a receita ... e coca-cola me remete a comemorações ... que me remete ao fato de que se comemora para não esquecer ....que me remete de novo a coca-cola cujo lapso é impossível... que me remete a coisas que eu esqueço e não deveria esquecer... que me remete a datas comemorativas...
Looping infinito
















o presidente dos EUA captura um peru na noite anterior ao Dia de Ação de Graças.1: Memória honrosa ao peru Rámon, animal de estimação do amigo nelturiano André, que veio a falecer num acidente trágico envolvendo um portão este ano.
Descanse em paz, Rámon.
Ãã – hãm2: onomatopéia interjectiva criada por Nelson em 1989 (SIMPSONS, The) e interpretada por ROSS,(2011) metaforizando de modo quase cinestésico, a expressão sarcástica de senso comum que sucede uma constatação óbvia: “Ah vá !!!!”
Paty Frita3: Paty Frita e Trapícia são codinomes de Patrícia Frai, uma das líderes da gangue ginger hair de vanguarda unioesteana da cidade de Marechal Candido Rondon. Possui posicionamento político de esquerda e luta veementemente contra o absolutismo nas aulas de latim, criando estratégias de golpe de estado, que culminará naquilo que as gerações futuras conhecerão através dos livros didáticos de ensino de história, como:A revolta da terceira declinação.