sábado, 27 de outubro de 2012

One thing ♪






♪♫ Some things gotta get loud
'Cause I'm dying just to make you see ♫ ♪
♪♫ That I need you here with me now
'Cause you've got that one thing♫ ♪

Ai, ai... essa musica me deixa tão contente...
Tô só comentando. Nem vou falar dela.
Mentira, vou sim.
Não, claro que não... ta louco?
Eu gostaria de escrever sobre seriados.
E listas.
Por que eu adoro seriados.
E adoro listas.
Acho que deviam fazer um seriado sobre listas.
Ou eu podia fazer uma lista de seriados.
Sim. É isso mesmo.
É que eu fiquei rodeando, meio sem saber como dizer logo de início... afinal já existem tantas listas de seriados... mas agora tomei coragem e vou falar: esse é apenas “mais um post de listas de seriados”.
Em defesa desse meu “mais um post de listas de seriados” eu argumento que esse é mais bonitinho. É o one direction dos “apenas mais um post de listas de seriados”
Ou não....
Acho que quando se trata de filhos, seriados, listas e boy bands a gente sempre acha que o nosso é mais bonito.
Não vou falar de The big bang theory, Dexter, Scrubs, The It Crowd, The mentalist, Dr. House, Smallville, Supernatural, .... porque alguns desses é quase de domínio público que são bons (já são amados o suficiente e estão em todas as listas de “melhores seriados ever”) e outros eu já falei deles tanto que já ficou obsoleto pra mim escrever sobre eles.
Vou listar 10 seriados ~deveras auspiciosos~ que normalmente não figuram em listas, mas que deveriam, por um motivo ou outro (na minha opinião). 

10. Elmiro Miranda Show
É uma serie brasileira que passa na TBS. Começou dia 01/10
Rafael Queiroga interpreta Elmiro Miranda um novo apresentador de Tv que inicia um novo programa de auditório chamado “Elmiro Miranda Show”
Elmiro Miranda,o apresentador: Ele confunde os convidados (chama a Rita Cadilac de Gretchen), tira sarro deles na legenda que passa abaixo da tela, usa um bordão chato, que quando ele diz é engraçado “EETA PIRONGA!”
Elmiro Miranda show, o programa de auditório:  o assistente de palco é um Manolo de nome Marcão Treme-Treme que é uma mistura de Serginho Malandro com Marcos Mion.
A estória se passa no próprio programa de TV Elmiro Miranda Show e na elaboração deste (as reuniões de equipe, a preparação das matérias, achar alguem famoso que tope participar do programa)
Vale a pena assistir porque é divertido, original e brasileiro né.
 10. 1 Tratamento de choque
Esse é o novo seriado que o Charlie Sheen ta fazendo na TBS. Começou dia 20/09
Quando Charlie saiu da Warner porque brigou com o Chuck Lorre (o produtor de two and a half man, o seriado que ele fazia) gerou uma certa tensão nos fãs. Uns achavam que ia ser muito difícil ver ele em outro papel que não fosse o do mulherengo e beberrão “Charlie Harper”, outros achavam que o seriado não ia ficar tão bom sem ele.
Mas foi uma surpresa boa para os dois lados.
Na minha opinião, Charlie está fazendo um personagem totalmente diferente do anterior na Warner e está indo, de certa forma, muito bem.
Já o seriado two and a half man, dizem por aí que anda com baixa audiência. Não sei se é verdade, uma vez que neste mês começa uma nova temporada. Além disso, acho que ta ganhando em qualidade. Em primeiro lugar porque os episódios saíram daquela mesmisse de sempre, em segundo lugar porque o Jon Cryer  que faz o Alan (que sempre ficou na sombra do Charlie Sheen) vem se destacando enquanto ator e  até levou o Emmy de melhor ator de comedia esse ano (ele desbancou nada mais nada menos que o Jim Parsons) e em terceiro lugar: Ashton Kutcher. Apenas.
Tratamento de choque conta a historia de um ex-jogador de baseball chamado...  –atenção para a originalidade- “Charlie” que não sabia controlar a sua raiva, teve uma lesão e acabou saindo do time. Ele decide então (de um jeito não convencional) se tornar terapeuta, especialista em controle de raiva. (o irônico e talvez proposital é que ficção meio que se encontra com a realidade porque ao que me consta o próprio Charlie Sheen teve que ir para um centro de reabilitação para aprender a controlar a raiva e o seriado quase parece um resumo dos últimos acontecimentos da vida dele... as vezes parece que ele não faz nada que não seja autobiográfico)
Não tem muito o que falar do enredo... é só isso mesmo.
E eu figuro esta serie aqui na minha lista, porque acho que o Charlie merece outra chance.
Nunca ele me agradou em two and a half man, mas certamente ele me ganhou no filme “Top Gang- ases muito loucos”, foi o filme mais engraçado que eu assisti na adolescencia. Pros mais novinhos eu conto: Ele fazia um piloto de avião deveras engraçado chamado Topper e o enredo era uma paródia do filme clássico do Tom Cruise “Top Gun”. Charlie Sheen era tipo o Adam Sandler em 1990.
Enquanto em two and a half man ele fazia o papel dele mesmo, e so fazia esforço em mexer a boca... em top gung ele fazia a gente chorar de rir.
Enfim, sou sincera em dizer que tratamento de choque não é o melhor seriado do mundo nesse momento, mas pode se tornar. É um voto de confiança naquele bom ator que fez Top Gang. GO, Charlie! GO!

9. Sherlock Holmes
Obviamente, é um seriado baseado nas obras de Sir Arthur Conan Doyle.
Com diferenciais.
Por exemplo: a historia se passa no século XXI.
Eles usam celulares, carros modernos e ao invés de um diário, Watson escreve um Blog!
Há!
Vale complementar que enquanto Robert Downey Jr faz uma interpretação mais cômica do Sherlock Holmes nos filmes, Benedict Cumberbatch faz uma versão mais fiel ao dos livros de Sir Doyle.
O primeiro caso da série é uma adptação de "A Study In Scarlet" e se chama “A Study in Pink”, no qual ele soluciona uma série de assassinatos que se passam como suicídios (no livro a trama gira apenas em torno de um crime). Como eu ja tinha mencionado antes, os episódios da série são baseados em livros de Sherlock Holmes e transformados em contos contemporâneos.
É isso. Sherlock Holmes é uma ótima série que junta ação, mistério e humor inteligente.

8. Star Trek
Com o Capitão James T. Kirk  comandando sua tripulação dentro da nave espacial da Federação Unida dos Planetas: a fodástica USS Enterprise e com Spock (Leonard Nimoy) como oficial de ciências e primeiro oficial
É absolutamente impressionante como uma serie de ficção cientifica espacial de 1966, sem efeitos especiais extraordinarios continua tão interessante e original até hoje.
Vou confessar que comecei a assistir por causa das muitas referências usadas no seriado The Big Bang Theory.
Comecei a assistir por isso, mas continuei porque é realmente muito bom.
Vários episódios refletem sobre problemas reais da sociedade dos anos 60. Falam de guerra e paz, lealdade, autoritarismo, imperialismo, economia, racismo, religião, direitos humanos, sexismo, feminismo, o papel da tecnologia...
E tem o capitão Spock né ...
A historia se passa dentro da USS enterprise e normalmente os episodios se desenvolvem assim: capitão Kirk ou alguem da tripulação vê algo diferente no sinal do satelite e o capitão resolve investigar o que é e aí as coisas começam a acontecer...
Um dos melhores episódios que eu assisti é um que o Kirk manda o Spock e uma pequena tripulação na nave Genesis para um planeta desconhecido numa missão de reconhecimento e resgate. A Genesis pára de funcionar no meio do caminho e eles ficam sem contato com a enterprise e o Spock como oficial de maior patente da nave tem que assumir o comando.
Só que o MacCoy, o oficial medico da tripulação, começa a se encher com o Spock e aquele jeito dele de lidar com as situações alegando que é tudo uma questão de logica ... e o Spock tambem fica meio putinho com o resto da população porque nao conseguem ser mais racionais...
E essa velada briguinha da tripulação x Spock, razão x emoção, prolonga-se até o final do episodio que termina de modo convencionalmente inesperado.

7. Seinfeld
Essa é uma série dos anos 80, mas de tão boa que é foi considerada uma das melhores séries televisivas de todos os tempos  e considerado o terceiro "melhor programa dos últimos 25 anos" pela Entertainment Weekly, atrás apenas de The Sopranos e The Simpsons.
Foi criada por Larry David (considerado um dos melhores comediantes de todos os tempos) e Jerry Seinfeld (que atua no seriado como uma versão fictícia dele mesmo)
É um seriado que não aborda nada em especifico.  São pessoas comuns vivendo situações corriqueiras e essas situações corriqueiras o Jerry Seinfield usa para fazer seu show de stand-up comedy.
O seriado usualmente começa e termina no show do Seinfield fazendo comentarios e piadinhas engraçadas sobre alguma coisa e isso acaba sendo o tema central do episodio.
6. Little Britain
Sabe aqueles documentários sobre a cultura, pontos turísticos, comida, modo de vida de um determinado país que passam no colégio, ou no curso de idiomas, ou no Discovery channel ?
Aqueles que o narrador vai conduzindo uma expedição televisiva-cultural num tom empolgante e chato ao mesmo tempo, com um texto do tipo: “ In the New York City,  you could visit astonishing sightseeings like  the Statue of Liberty…”
Então, o enredo do seriado é desenvolvido como se fosse um desses documentários.
Só que ao contrário.
O lugar é a Grã-Bretanha e o narrador, que deveria apresentar e falar da cultura e dos lugares fastidiosamente, faz o oposto tecendo comentários ridículos, medonhos, sarcásticos e errados sobre o local (por exemplo, "na Grã Bretanha temos água corrente há mais de dez anos, um túnel que nos liga ao Peru, e inventámos o gato" ou "o destino favorito para passar férias, depois da Sibéria, é a Escócia").
E tem os personagens que são em sua maioria, estranhos. Eles são diferentes em cada sketche, mas se repetem ao longo da série.
Eu acho que é o seriado mais engraçado que eu já vi nos últimos tempos.

5. Six feet under
Pra quem, como eu, assistir Dexter antes de assistir Six feet under é possível que ache muito estranho ver o Michael C. Hall no papel de David Fischer, o filho gay de Nathaniel Fischer herdeiro da funerária Fisher & Diaz junto com seu irmão Nate.
Mas Six feet under veio antes de Dexter. É de 2001 e eu só fui assistir pouco tempo atrás por recomendação da Vanessa, minha influenciadora sitecom-cinematográfica.
Cada episódio começa com uma morte — e por conseqüência — um cliente da funerária. Esta morte, geralmente, dá o tom de cada episódio, permitindo aos personagens refletir sobre as suas vidas e infortúnios, baseando-se na morte do cliente e suas consequências.
It’s fucking awesome.
Sem mais.

4. Community
É uma comédia universitária.
Sabe aqueles filmes de comedias universitárias tipo eurotrip, cara cadê meu carro, aprovados, etc?
 Então ...
Não tem nada a ver.
Community é bem melhor. (beeeeeeeem melhor)
O enredo é: Jeff Winger (Joel McHale) que é um advogado trabalhado na picaretagem, que não tem diploma (ele ~meio que~ falsificou um) teve seu falso diploma considerado inválido pela Ordem dos Advogados de Colorado e por isso ele decide cursar a universidade comunitária de Greendale pra conseguir um diploma verdadeiro.
Lá, ele forma uma panelinha de amigos, a principio com intuito de fazer o trabalho de espanhol, e essa panelinha de amigos acaba sendo a panelinha mais improvável- porém descolada- ever:
Jeff Winger: o advogado picareta e descolado supra mencionado
Abed Nadir: um estudante de cinema muçulmano
Britta: a loira gostosona e rebelde sem causa.
Shirley: mãe recentemente divorciada frequentando a faculdade pela primeira vez
Pierce: um idoso magnata dos lenços umedecidos que foi casado sete vezes.
Troy : ex-quarterback no ensino médio.
Annie: a nerd.
Destaque: Señor Ben Chang, um chinês que é professor de espanhol, interpretado por Ken Jeong, que atuou também no filme “Se beber não case”.
Também acho o ator Joel McHale genial. Vale a pena também assistir “Soup” um programa que ele apresenta no canal E!
No final de alguns episódios, o Abed mais alguém, normalmente o Troy, apresentam um jornalzinho de escola, ou apresentam um seminário que é altamente risível... Fico imaginando alguem fazendo isso na vida real, aquelas palhaçadas todas num seminário de faculdade um dia.


3. South Park
Ok, esse seriado é bem conhecido e é um contraponto figurar na minha lista que pretendia ser semi-hispster e falar de seriados quase desconhecidos... É que nas ultimas temporadas eles se superaram.
O que não aconteceu em South Park? O que não aconteceu com Kyle, Cartman, Stan e Kenny?
Mas eu vou chamar atenção para um episodio da 14 temporada. Não sei o nome do episódio, só sei que foi transmitido pelo canal Comedy Central em 2010.
É um que apresenta a liga dos superbestfriends que lutam pra proteger South Park do Tom Cruise.
Os superbestfriends são: Jesus Cristo, Muhammad (ou Maomé), Buddha, Moises, Joseph Smith, Krishna e Sea Man
Esse episodio foi censurado depois de ter recebido uma advertência de um grupo muçulmano dos Estados Unidos porque eles acharam muito ofensiva a presença do Muhammad (ou Maomé).
O que os produtores fizeram? Colocaram uma tarja preta na figura do Muhammad (ou Maomé) escrito “censurado” e zoaram ele o episodio inteiro.
O enredo é todo cheio de humor irônico: o Tom Cruise quer raptar o Muhamad (ou Maomé) porque ele possui uma imunidade contra zoação, é o único que ninguém pode tirar sarro... e o Tom Cruise quer roubar esse poder dele.
Além disso, mostra Jesus Cristo assistindo a pornografia e Buda, cheirando cocaína e outras heresias.
Curiosidade: Em um episodio dos Simpsons, eles se manifestam sobre esse episódio censurado. A mensagem aparece durante a vinheta de abertura da série, com Bart escrevendo na lousa: “South Park we’d stand beside you if we weren’t so scared” (South Park, nós ficaríamos ao lado de vocês, se não estivéssemos tão assustados).
Curiosidade II: No mês passado, dezenas de palestinos queimaram bandeiras dos Estados Unidos e gritaram "Morte à América" na Faixa de Gaza em protesto contra o filme que ridiculariza o profeta Maomé “Inocência de muçulmanos”. Não é tipo uma catarse? Sei lá... eu acho que é.

2. Damages
Me perdoem a hipérbole, mas eu posso jurar que se você assiste os primeiros episodios de Damages, nunca mais na vida você tem paz ate descobrir o que vai acontecer no ultimo.
A série é perfeita.
A narrativa, o enredo, o desenrolar dos personagens, tudo.
A primeira temporada é sobre a supermegaüber advogada Patty Hewes contratando uma jovem e promissora advogada chamada Ellen Parsons.
Os primeiros episódios são confusos. Começa com a Ellen na cadeia sendo acusada de assassinato e vai fazendo uma retrospectiva desde o dia que ela foi contratada pela Patty Hewes ate o momento em que ela chegou na cadeia.
No desenrolar da história descobre-se que a tal Patty Hewes é toda trabalhada na malandragem, o noivo da Ellen foi assassinado e tramaram para que ela levasse a culpa e tudo isso tem a ver com a investigação que ela estava fazendo sobre o golpe que o multi-milionário Arthur Frobisher  aplicou em seus investidores.
E pensar que essa série foi cancelada devido a baixa audiência... Pode isso?

1. Dr. Who
Oh, Gee-zus!
Por onde eu começo a falar de Dr. Who?
Bem como Star Trek, comecei a assisti-lo por conta de referencias citadas em The Big Bang Theory e hoje é minha favorita.
Trata-se de um seriado de ficção científica com humor inteligente e viagens espaciais.
Imagine o seguinte cenário:
Você está dormindo, quando escuta um barulho no quintal.
Quando você levanta e vai ver o que é, descobre que tem uma cabine de polícia antiga azul, dessas que usavam em Londres, caída no seu quintal e dela saí um sujeito que aparenta não ter mais que uns 35 anos, alto, magro, moreno dos cabelos bagunçados, vestindo terno risca de giz, camisa, gravata, all star vermelho e ele acena para você e diz:
- Olá! Eu sou o doutor!
E aí, conversa vai, conversa vem... você descobre que ele é um senhor do tempo (um alienígena viajante do tempo que possui dois corações) e que aquela cabine de polícia é uma máquina do tempo conhecida como TARDIS - Time And Relative Dimensions In Space (Tempo e Dimensões Relativas No Espaço).
Aí você acha tudo aquilo muito estranho e pergunta pra ele: “voce não pode ser alienígena, você parece um humano” e ele responde: “não, você é que parece um senhor do tempo, nós viemos antes que voces”
Depois ele salva a Terra de uma ameaça alienígena e no final olha para você e diz: “O que você me diz de vir comigo e viajar no tempo? Qualquer civilização, qualquer planeta, qualquer época... é só você escolher!”
E você pergunta: “mas por que eu?” e ele responde: “mas por que não?”
Daí você aceita.
E viaja com ele para outros mundos, outras épocas, interfere nos principais acontecimentos históricos, conhece de Shakespeare, Agatha Christie, Winston Churchill, Nero... entre outros. Conhece alienígenas, conhece uma biblioteca que literalmente é um planeta, conhece vários lugares na Terra, salva a Terra, quase morre, e muitas outras cositas más.
Isso é mais ou menos como é a série.
Na verdade é como é o começo de cada temporada, que sempre inicia com ele escolhendo uma ajudante.
E se esse não é o enredo de seriado de ficção mais legal EVER, eu não sei mais o que é.
Ano que vem a série comemora 50 anos.
Obviamente, não é sempre o mesmo ator que faz o “doutor”
By the way: agora eu estou acompanhando a 6º temporada e ainda não estou muito acostumada com o novo doutor... sinto falta do David Tennant, mas tô me acostumando com o Matt Smith no papel.
Um episódio que me emocionou nessa nova temporada foi quando o doutor encontrou Van Gogh. Tô só comentando.

Melhores ou não, premiados ou não... esses seriados são demais. Ou como cantaria o one direction they ♪ got that one thing♪


Menções não-honrosas:
Sabe aquelas coisas que você assiste secretamente e acha muito legais, mas tem vergonha de admitir que assiste?
Eu sou bem o tipinho de gente que fala dos próprios defeitos em voz alta, então porque não assumir as coisas que eu tenho vergonha de dizer que assisto, não é mesmo?
Então: Joan of Arcadia (Joan é uma moça que fala com Deus... na verdade ela é uma espécie de aprendiz ... uma “Daniel Sam” de Deus... porque ele sempre dá uma missão pra ela realizar no começo do episodio e no final dá a moral da historia. Deus no caso é sempre alguem comum como um professor, uma criança etc... Enfim, eu assisto o seriado. E só Deus pode me julgar.), Feiticeiros de Waverly Place ( eu podia dar muitos motivos, mas vou ser sincera: eu assisto porque eu amo a Selena Gomez), TheX factor (é tipo ..... é... bom... é legal), Fashion Police (é um programa do canal E! que sacaneia o jeito de vestir das famosas e famosos) Rodrigo Faro (Rodrigão amor eterno, amor verdadeiro)





Black or White ♪




- “Meu Deus! que que é isso?”
- “Afeee o que você fez aí?”
- “Não faz mais isso em você Ana Paula, isso aí é coisa do inimigo!”
Essas foram últimos comentários que escutei sobre a minha tatuagem que é meio parecida com o desenho que está abaixo:




Estranho porque eu achei tão fofinho a primeira vez que eu o vi...
Legendei mentalmente o desenho com a mensagem: “não julgue a aparência, acredite em você!”.
Tudo por causa do ursinho, ele me ganhou.
Me encantou que mesmo sendo ele tão pequeno, tinha pose de herói e parecia querer proteger o garoto que estava dormindo de um terrível monstro.
Falou mais alto o “modelo Disney” de vilão e mocinho incutido em mim desde os seis anos de idade e a linguagem corporal das figuras.
E como eu sou pequena como o ursinho (literalmente) o desenho funcionou na minha mente como catalisador de auto-estima, simbolizando o otimismo que me falta e a esperança de que não importa o quão pequeno você seja, você pode fazer algo grandioso.
Mas ao interpretar o desenho dessa forma, eu julguei pela aparência.
O ursinho herói e o monstro malvado? Muito óbvio.
Por que o ursinho tem que ser o herói e o monstro o vilão?
Particularmente eu julguei o monstro como vilão, simplesmente porque ele era o monstro...
Ora, se ele é feio e grande, ele é o vilão. Ponto final.
E o ursinho foi julgado como heroi porque ele é fofinho, bonitinho e como é provavelmente um brinquedo da criança ele inspira confiança. Difícil supor que ele poderia querer fazer mal a ela.
Todavia, se reparar bem, é o ursinho que está armado, não o monstro.
E o monstro não está fazendo efetivamente nada com a criança.
Se trocassemos as posições -se o ursinho estivesse no lugar do monstro e o monstro no lugar do ursinho empunhando uma espada- provavelmente o monstro ia continuar sendo o vilão e o ursinho o herói.
Tudo por causa da aparência.
Entretanto, a aparência não revela o que se passa na mente do ursinho e com minha experiência como expectadora assídua de CSI, Dexter, The mentalist, Damages, Law and Order, Criminal Minds e outros... posso assegurar que o criminoso em 90% dos casos é alguém muito próximo da vitima .
Se bem que nunca vi um ursinho serial killer...
Bom, teve o Chuck o boneco assassino...
Whatever.
Importante é que: pode ser que por traz daquela fofura e pequenez haja uma mente psicótica que deseja matar crianças e ele estava justamente prestes a matar o menino a facadas quando o monstro chegou para impedi-lo.
“A maldade usa muitas mascaras mas nenhuma é tão perigosa quanto a máscara da virtude”(DESSA FRASE, não sei a referência)
O monstro pode ser na verdade o protetor do menino que veio para salvá-lo do ursinho mau.
Ou talvez... o vilão seja o próprio menino que está dormindo!
A criança pode ser um alien disfarçado que tem um plano maligno de escravizar a humanidade e o ursinho e o monstro precisam extingui-la para que a paz mundial não seja abalada.
O desenho pode significar o momento em que o ursinho fala para o monstro: “você segura o menino e eu passo o canivete no pescoço dele”
Talvez os três sejam vilões e o ursinho e o monstro estejam preparando um motim contra o garoto que por sua vez está só fingindo que está dormindo ao passo que esconde embaixo do travesseiro um revolver para matar os dois.
Talvez os três sejam amigos... o ursinho e o monstro podiam estar só brincando enquanto o menino dormia.
Com efeito, não é possível dizer se existe mesmo um vilão e um mocinho ali porque não sabe-se o contexto.
E é aí que está a genialidade dela: é um desenho relativamente ambíguo que abre precedente para varias interpretações e em contrapartida também exemplifica como é fácil trilhar o caminho da superficialidade e da estereotipia quando estamos acostumados a formular conceitos baseando-nos somente naquilo que vemos.
"Se a essência fosse igual a aparência, não teríamos a ciência." Dizia meu professor de sociologia.
E “não existem fatos, apenas interpretações” completa Nietzsche
Elaborar julgamentos à respeito de coisas que nós não conhecemos direito é uma pratica que aprendemos muito cedo na vida e é meio que um instinto de sobrevivência.
Por exemplo: a maioria das cobras listradas são venenosas.
“A maioria”, não todas.
Mas se você estiver acampando na Amazônia e vir uma cobra listrada o mais lógico é ficar longe dela não é? só pra garantir...
Mas generalizar se torna algo ruim quando origina o preconceito.
“Todo monstro é vilão”
“Todo ursinho é bonzinho”
Mas isso todo mundo sabe...
Em tempos de politicamente correto a exceção é o Bolsonário que diz ter orgulho de ser preconceituoso.
Libertariedade agora é ~tendência~.
Ser preconceituoso é o novo usar crocs laranja na balada: chama atenção porque é feio.
Mas que tem muita gente usando crocs laranja achando que é um scarpin Salvadore Ferragamo, isso tem.
Em outras palavras: nem todo preconceito é visível e recriminado... e nem todo preconceituoso sabe que o é.
Vou citar dois exemplos baseados em posts reais de facebook:

1)  O “preconceito roqueiro”
Não o preconceito contra os roqueiros, isso ta mais prá anos 80 e 90. Hoje em dia eles não são mais párias: “os marginalizados, excluídos, revoltados”... E não é incomum ver alguém que só veste preto e usa cabelo comprido. É o preconceito de uma parcela considerável dos fãs desse gênero musical que acha que somente a sua música que é boa, que somente rock é cultura e que defendem a sua preferência musical de uma forma que beira o xiismo.
O discurso usado é: “as letras são perfeitas porque são profundas, de conteúdo pleno...enquanto os outros estilos fazem letras que variam de medíocres a ruins, elaboram 3 frases e chamam de música ... a melodia do rock é pesada e complexa portanto o musico sempre é excelente enquanto os outros estilos não tem musicalidade”
E há quem faça pior: que elitiza o rock
Que defende que rock é cultura o resto é lixo...ou ainda: que rock é pra quem TEM cultura e quando um gênero musical é preterido por um número muito grande de pessoas é ruim porque a massificação representa pobreza e quem é pobre não tem cultura e quem não tem cultura não tem bom gosto musical e ter bom gosto musical significa preferir rock a todos os outros gêneros.
Ou seja, o rock acaba sendo defendido como sendo o estilo mais per­feito de música, e seus fãs sem­pre serão os que ouvi­rão a melhor música do mundo, seus ídolos esta­rão acima de quais­quer falhas e, acima de tudo: os outros esti­los, por serem popu­la­res, serão sem­pre ruins.
A questão aqui não é o que é “musica boa” e o que é “musica ruim”. A questão é que desqualificar outros gêneros musicais para legitimar o seu gênero favorito como superior aos outros, nunca é certo.
Se é para criticar alguma coisa, que não seja o gênero musical,  mas a industria da cultura  e esses empresários que constroem os artistas baseados em estereótipos.
Eu acho que todo gênero musical merece respeito.
Toda música é uma manifestação cultural, sendo boa ou ruim.
A qualidade é definida por critérios mais subjetivos que equacionais
Claro que existem músicas que devem ser apreciadas e analisadas para além do gosto (musica erudita por exemplo) onde não se pode apenas “Curtir um som”, mas sim interpretar, conhecer o período, ver as diferenças de regência etc. Mas fora isso... o que te faz gostar de uma música ou não é algo muito pessoal e intransferível e não algo possa ser ensinado.

2) O “preconceito neocult”
Os pseudocult  são aqueles malas que sempre tem opinião sobre tudo e todos, mas no fundo não sabem muita coisa.
É o tipinho de gente que diz que assiste filme iraniano, mas na verdade não perde um Big Brother.
Que se preocupa mais com o efeito estético da sua inteligência do que possuir um real conhecimento sobre assuntos específicos... em parecer que sabe do que ser sábio.
No entanto, já faz tempo que eu ando achando que existem pseudocults que evoluiram e se tornaram cults de verdade... buscaram e adquiriram cultura e conhecimento, mas pelo mesmo motivo trivial: vaidade.
Precisam ser admirados pela sabedoria...
Por fora parecem o Peter Pan: pessoas aventureiras, joviais, corajosas, com o escudo da inteligência nas mãos. Por dentro são como a fada Sininho: precisam de aplausos para viver.
Cults por fora, mas pseudocults de coração.
Eu os chamo de: neocults.
Que atire a primeira pedra quem nunca teve na timeline frases do tipo: “why so burros?”, “vão ler um livro ao invés de falar de novela” ou coisa parecida.
Concordo que sabedoria é importante. Seria uma idiota se não concordasse.
Mas achar que é melhor que os outros por que “lê muito” ou “têm cultura”, daí não, né?
Existem Paris Hilton de biblioteca que se acham muito bonitos e especiais porque compram livros ao invés de sapatos...que lêem ao invés de jogar futebol e beber cerveja.
Pode isso Arnaldo?
Existem inumeras pessoas sábias nesse planeta, mas muitas delas nem são alfabetizadas.
Cuidar do intelecto, bem como cuidar da alimentação, é necessário para a sobrevivência e não deve ser tratado como uma idiossincrasia, algo estranho, diferente, excêntrico, exótico ...
Não estou querendo dizer que na minha opinião a ciência devia acabar e a cura do câncer seria descoberta através do amor... que ao invés de aulas expositivas na Academia todos deveriam dar as mãos e brincar de ciranda cirandinha... que ao inves de ler o livro do Hemingway  as pessoas deveriam usar o tempo para trocar links de fotos engraçadas no facebook. Não. NÃÃO.
Keep doing what you’re doing.
Mas tem que ver essa mania de medir os outros pela cultura que possuem...

Ahhh esses posts de facebook ...

Eu fico só olhando, mas eu penso cada coisa...
Obvio que eu não falo mal de nada nem ninguem no facebook.
Isso é errado.
Falo mal no meu blog onde ninguém lê mesmo.
Até porque criticar facebook no facebook virou mainstream

Com o advento dos criticadores profissionais de facebook eu chego a concluir que tá faltando louça pra lavar no mundo, forminha de gelo pra encher, mosquitinho cinza no banheiro pra matar ...
E concluo principalmente que eu devo parar de reclamar.
Por que nesse momento... nesse exato momento que eu começo a criticar os criticadores do facebook... eu vejo que eu me torno aquilo que eu critico.
E cá estou eu para servir de mau exemplo e dizer que esse é o cerne do que eu aprendi a refletir.
Percebi que ao criticar quem se acha melhor do que os outros... posso estar sendo preconceituosa me colocando na posição de melhor do que aqueles que se acham melhores do que os outros.
E ainda: eu falei de “preconceito roqueiro”, mas não falei das tantas vezes que tirei sarro das musicas nacionais, nem das vezes que tentei influenciar as pessoas a gostar das musicas que eu gosto.
Critiquei a vaidade intelectual alheia, mas eu também mereço crítica. Se alguem diz que leu três livros e eu li dois eu já acho que ela é melhor que eu.
Como diria o filosofo e poeta Horacio: “Quid rides? Mutato nomine, de te fabula narrateur”(Por que ris? A anedota fala de ti, só que com outro nome)
Não sei se isso só acontece comigo, mas as vezes, na ânsia de querer fugir de me tornar algo que eu repugno e discordo, acabo tomando o caminho que vai de encontro.
Isso porque os defeitos que a gente odeia nos outros muitas vezes são reflexo daquilo que odiamos em nós mesmos....pois do contrário não seríamos capazes de reconhecê-los como defeitos.
Nós sabemos como essas reações emocionais surgem e como as sentimos.
Por exemplo: quando vemos alguém com raiva ou exibindo-se com ostentação, nós reconhecemos esses defeitos por já termos experienciado esses estados em nós mesmos. Além disso, não nos aborrece tanto ver nos outros os defeitos que não possuímos.
As vezes não é intencional ou consciente... É um mecanismo de defesa para nos protegermos da frustração e do mal estar que aquele determinado defeito nos provoca e que vemos tão melhor nos outros do que em nós mesmos.

Nas palavras do escritor Nelson Rodrigues: "O ser humano é cego para os próprios defeitos. Jamais um vilão do cinema mudo proclamou-se vilão. Nem o idiota se diz idiota. Os defeitos existem dentro de nós, ativos e militantes, mas inconfessos. Nunca vi um sujeito vir à boca de cena e anunciar, de testa erguida: - 'Senhoras e senhores, eu sou um canalha’."
Pena que você não me conheceu Nelson Rodrigues. Em homenagem à você eu digo agora: Senhoras e Senhores, eu sou uma canalha!
Imperioso ressaltar que eu não estou generalizando ou diagnosticando dizendo que eu considero que tudo que você reconhece como sendo defeito, você necessariamente possui.
Eu não tenho essa estatística, nem esse conhecimento técnico.
O que eu considero é que todos temos uma parte de nós que não gostamos e somos obrigados a carregar essa parte conosco como se fosse um fardo.
Não existe como jogar essa parte fora, o que se pode fazer é saber a hora de colocar o fardo no chão, assumir com coragem que erramos e seguir em frente.
Foi essa a grande lição que a minha tatuagem, sem querer, me ensinou: todos julgamos pela aparência, de alguma forma ou em algum grau. Criticar não ajuda, mas ficar ciente da crítica e mudar sim. Também as coisas podem não ser do jeito que a gente vê, porque mesmo se assumirmos que tudo o que vemos é verdade, a verdade nem sempre é o que parece. E bem e mal é muitas vezes apenas uma questão de contexto e perspectiva.

Last AND least, eu vos dedico minha estrofe favorita da minha musica favorita daquele que entende muito de ursinhos de pelúcia e de sofrer preconceito (e que por isso escreveu essa musica)
Senhoras e senhores, Mr. Michael Jackson:

♪♫ (…) Don't tell me you agree with me
When I saw you kicking dirt in my eyeee!
(uu-huuu!!!)
But, if you're thinkin' about my baby
It don't matter if you're black or white  (…)♫♪
     ♫♪     Tãnãnã … tããnããã... Auuu! ♫♪