sábado, 17 de novembro de 2012

Carolina ♪






A segunda palavra mais descolada que eu aprendi nas aulas de alemão foi Volkswagen. (a primeira foi Auf Viederssen)
Volk= povo Wagen= carro. Portanto: carro do povo.
Hitler criou a Volkswagen no terceiro Reich e encomendou a fabricação de um carro popular e de baixo custo para o engenheiro Ferdinand Porsche em 1935. Ferdinand o desenhou, criou o primeiro motor refrigerado a ar e fez o logotipo da Volkswagen que na verdade é uma suástica com pequenas alterações.
Mas o que realmente me intriga é a brincadeira do fusca azul: quem, como, quando e por que, um dia avistou um fusca azul e pensou: “olha, um fusca azul! Vou dar um soco no braço da pessoa que esta do meu lado, dizendo “fusca azul” e ela não vai poder fazer nada”. Qual a lógica? Por que azul? Por que fusca? Por que um soco?
A brincadeira do fusca azul consiste em: a pessoa que avista primeiro um fusca azul, possui o direito/dever de dar um soco no braço da(s) pessoa(s) que está(ão) ao lado, pronunciando: “Fusca azul!” e esta(s) deve(m) receber o soco condescendentemente. Apenas.
É só isso mesmo a brincadeira: ver o fusca azul e dar um soco na pessoa do lado.
Assim:
- Fusca Azul! (soc)
Pronto, acabou.
Quem será que inventou isso e porque?
Será que foi Hitler tambem? Ele pode ter pensado: “Pessoal da Volkswagen, atenção: quero uma frota ariana de fuscas. Se eu ver um único fusca azul nas ruas eu vou socar vocês !!” e assim nasceu a brincadeira do fusca azul. 
Era isso que eu me perguntava enquanto tentava ensinar a brincadeira do fusca azul para minha vizinha, Carolina, dentro do  fusca amarelo do meu tio, à caminho do nosso almoço de domingo no Abrigo São Vicente.
Carolina é minha vizinha há quinze anos. Fomos melhores amigas na infância, mas havia muito tempo que eu não conversava com ela.
As vezes nos esbarrávamos nos corredores da universidade quando estávamos na graduação. Esporadicamente também nos víamos na academia e na Dejan Danças onde fazíamos aula de dança aos sábados, mas nunca engrenávamos uma conversa muito longa.
O convite para o almoço surgiu por acaso.
 O pai da Carolina consertou minha TV a cabo semanas atrás e meu tio convidou-o para almoçar conosco num evento beneficente do abrigo São Vicente.
Ele recusou porque já tinha feito planos de viajar com a esposa, mas Carolina aceitou o convite.
Domingo, as onze horas nos encontramos para ir ate o local do almoço e no caminho começamos a conversar sobre a vida, o universo e tudo mais.
Escolhemos assuntos neutros para criarmos empatia enquanto eu lembrava da época em que brincávamos de caça ao tesouro achando pedrinhas no meio da areia, do quanto eu amava o suco natural de maracujá que a mãe dela fazia,  da paixão que compartilhávamos pela família dinossauros.
Teve um natal que ela ganhou um “baby” de pelúcia e um vinil com musicas de natal cantadas pela família dinossauros. Desde então, toda vez que eu ia na casa dela pra brincar, a primeira coisa que a gente fazia era escutar e dançar a nossa musica preferida, que era uma que o baby cantava. O refrão era assim: “É natal... É natal... tempo de felicidade... É natal... É natal... feliz natal de verdade!!” 
Lembrei que ela levava a serio o que eu falava, mesmo que fosse a coisa mais idiota do mundo...
Por exemplo: na minha casa tinha dois pés de goiaba e um de ameixa, onde passávamos a tarde catando frutas e colocando numa sacolinha para comer depois. Foi a partir deste cenario que surgiu a minha teoria da goiaba: “Carol, comer goiaba é uma tremenda judiação com o bicho da goiaba! Porque a goiaba é o mundo do bicho da goiaba e nos estamos comendo o mundo dele. Do mesmo jeito que esse nosso mundo pode ser uma grande goiaba e nós os bichinhos... já pensou se vem alguém algum dia e morde esse mundo com a gente dentro??” Ela concordou e a gente só comeu ameixa por um bom tempo
Hoje discutíamos a ultima eleição.
Descobri que temos mais ou menos o mesmo posicionamento político.
Também descobri que o pé de acácia - onde uma vez um bicho me mordeu e eu fiquei doente e por isso não pude ir ao parquinho no fim de semana - ainda existe no quintal da casa dela... Acho que foi só o que parece ter resistido ao ação do tempo em nossas vidas.
Sorridente e simpática ela me contava que vai casar no mês que vem, falava sobre seu trabalho na Copel, sobre a viagem que ela fez na usina de Foz do Iguaçu, do acidente que presenciou na BR dias atrás..
Meu Deus, ela dirige!
E eu me lembrando dela andando de bicicleta.
 Com rodinhas.
Quase entrei no assunto com ela, para ver se ela se lembrava da nossa infância.
Mas desisti e perguntei outra coisa:
- Carol, você oficialmente é a única pessoa que eu conheço que cursou matemática e se formou em quatro anos... Eu tenho amigos que dizem que se terminar em sete anos é lucro! O que você fez? Mais importante que isso: te ensinaram a resolver um cubo de rubik?
- Hahahahah... na verdade eu levei meio nas coxas... não é tão difícil assim quanto falam. Minha mãe te contou que eu estou fazendo Engenharia na Fag agora? Mas e você? ainda faz academia la na frente da Unioeste? E as aulas de dança na Dejan? Parou?
- Parei. Não dava tempo, nem sobrava dinheiro com essa estória de estudar em Marechal Candido Rondon...
- Eu também parei... mas a Tati, minha prima, lembra? Ta fazendo academia no SESC e disse que é muito bom... por que você não fala com ela? Vocês podem ir juntas
- Vou pensar no seu caso... mas agora que seu pai consertou a TV a cabo, tá tããããooo difícil sair de casa hahahahaah
- Por falar em Tv a cabo, sabe que esses dias eu assisti família dinossauros no Tooncast e lembrei de você, Ana? Lembra de como a gente gostava?
- Nooooooosssaaaaaaa !!!! Se lembro! Você ainda tem aquele vinil, Carol? Por que eu já tentei baixar aquele álbum no 4shared e não consigo.
- É sério? Não né...Ai Aninha, sua tonta!!! hahahhaha
- Carol?
-Hã?
- Fusca Azul!!! (soc)

Marcianos invadem a terra ♪



“(...) Cuidado com a coisa, coisando por aí. A coisa coisa sempre, também coisa por aqui. (...)”
Renato Russo


Fernando “tudovaleapenaseaalmanãoépequena”Antonio Nogueira Pessoa, geminiano, 1,73, ícone da literatura mundial.
Português, filho de um modesto e culto funcionário público que morreu tuberculoso. Após a morte de seu pai, sua mãe casou de novo com um cônsul e ele foi morar na África do Sul.
Após alguns anos, Fernando voltou da África para Lisboa e foi fazer curso de Letras... mas não chegou a terminar o curso.
Antissocial, triste, sem uma graduação completa e ainda assim um dos melhores escritores que o planeta Terra já viu.
Além das obras que ele assinou a autoria, criou heterônimos (Ricardo Reis, Álvaro de Campos, Alberto Caieiro, Bernardo Soares...) e escreveu como se fosse outra pessoa.
Interessante é que ~as pessoas do Fernando~ tinham personalidades diferentes também
Ou seja, ele era tão forever alone, mas tão forever alone ... que criou um RPG pra ele mesmo e jogava sozinho.
Awesome, isn’t it?
Com 47 anos de idade, faleceu de cólica hepática por causa do alcoolismo, em Lisboa, dia 30 de Novembro de 1935.
Talvez seja um pouco tarde pra isso, mas escrevi um versinho para homenageá-lo: “batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão... muita gente só te dá valor depois que está dentro do caixão...”
Ok, a rima pode ser pobre de gramática, mas é rica de coração.
Sobre essa parada de ele ser um poeta de enorme valor e morrer achando que era um loser: Acho injusto.
Mas a vida é real e de viés: santo de casa não faz milagre.
Já é mais difícil pra quem esta perto cogitar a hipótese de que você é “mais do que os olhos podem ver” e se você não faz um “marketing pessoal”, não tem experiência em falar muito bem de si mesmo, ou é um pouco pessimista, pior ainda.
As pessoas tendem a achar especial aquilo que brilha de longe, aquilo que é mais misterioso... aquilo que PARECE especial.
Tambem tem que tomar cuidado com essa história de falar mal da própria pessoa publicamente quando se sente frustado consigo: existe 90% de chance das pessoas acreditarem que você não presta mesmo.
Bem, Fernando não teve diploma, nem muitos amigos, também não constituiu familia ...  talvez os brilhantes poemas dele preenchessem essa lacuna, ou talvez não.
Pena que nem dinheiro ele ganhou com isso.
Mas e se ele tivesse se formado em letras como pretendia e se tornado um bom professor?
Marx desejava ser professor universitário.
Se ele tivesse sido bem sucedido nessa profissão, ele provavelmente não seria lembrado.
Mas esse comunista, filho de uma holandesa de sobrenome “Philips” e de um judeu que abdicou do judaísmo para ser advogado, decidiu ser jornalista de um jornal que criticava o rei Frederico Guilherme e o final da historia todo mundo sabe.
Fascinante, se parar pra pensar.
Talvez a mente brilhante do século seguinte seja um colega meu de faculdade, ou o seu Olivio o guarda do campus.
Não conheci “Fernando”, mas tenho a sorte que conhecer “pessoas” (adoro esse trocadilho Fernando/pessoa) fantásticas em vida e quando tenho oportunidade expresso minha admiração por eles.  
(afinal é melhor falar bem deles agora antes que alguem no futuro o faça, não é?)
Uma dessas “pessoas” é o “Fernando” Nascimento.
Quem estuda na Unioeste campus de Marechal Candido Rondon/PR já deve tê-lo visto em reuniões do DCE e em militâncias da UJS, mas talvez não saiba que ele é um exímio rapper.

Adriele é outro alguém de quem sou fã. Ela é uma dessas pessoas que está tentando fazer desse mundo um lugar melhor para todos ... as suas pesquisas no campo da política educacional, somando as muitas outras que esse país produz, contribuem para a compreensão da realidade da educação e servirão de base para as desejadas mudanças.
Mas mesmo que ela não tivesse feito mestrado, mesmo que ela tivesse que colocar o dedão no carimbo para fazer sua assinatura, ela ainda seria igualmente fantástica.
Por que ela é minha amiga há quase nove anos e durante esse tempo ela vem fazendo do mundo um lugar melhor para mim.
Adriele e eu temos em comum uma outra pessoa talentosa.
Em 2008 conhecemos Lucas no curso de pós-graduação.
Um sujeito muito chato, porém muito legal, que nunca foi apresentador de TV mas usa um bordão: “sou negro, pobre, feio, ando a pé e moro longe”
Não falava durante as aulas e só participava de debates quando era realmente necessário (porém escrevia melhor que a metade da turma).
Enfim, por esses e outros motivos ele é uma pessoa muito exclusiva.
Um item de colecionador que Deus fez.
E o talento dele que eu gostaria de enaltecer aqui é o de poeta.
Mesmo que eu só conheça um poema dele.
É que eu realmente gostei desse poema.
Anos atrás, ele e a irmã dele, que é artista plástica, fizeram uma exposição na biblioteca municipal e foi onde ele expôs este:

Poema Quase de Amor

Não acredito que partiu
E a mim desprezou
Você segue seu destino
Enquanto eu sou esquecido
E procuro uma maneira
De preencher a tua falta,
Porém você se foi
Infelizmente é a verdade,
Eu estou sem saída
Te perdi e agora é tarde
Meu coração em aperto
Procura resposta frente a esse momento,
Como foi isso acontecer?
Sem você,
Não vou a lugar algum,
Tento me aproximar
Você não olha para trás
Realmente estou sozinho
E você só quer seguir o seu caminho
Ainda não consigo acreditar
Porém eu sei,
Virão outras em seu lugar
Mas neste momento,
Era você a quem eu mais queria
Apenas você me traria
Uma abundante alegria
Contudo não percebes que existo
E segues tua jornada
Outros olhares atentos te esperam
Não há como negar
Tu és realmente desejada
Estou na grande espera
De um dia melhorar
Quando isso acontecer
Saudade nenhuma sentirei
Será um tempo de lembrança
Onde ao te ver anunciarei:
 - esta "peguei" muitas vezes
Hoje já não mais,
Lotação Eixo Leste-Oeste
Tempo que ficou pra trás

Pessoas que eu nunca conhecerei como Fernando Pessoa são referenciais para mim.
Sorte a minha que outras pessoas que admiro, eu tive a oportunidade de conhecer.
Sabe, não precisa ser gênio para criar coisas e não é porque não somos famosos que somos figurantes na historia do mundo.
Já dizia (cantava) Renato Russo: ♪ Ora, se você quiser se divertir, invente suas próprias canções.. ♪

Quereres ♪



“ Melhor é a mágoa do que o riso, porque a tristeza do rosto torna melhor o coração”
(Eclesiastes 7:3)

“O quereres e o estares sempre a fim, do que em mim é em mim tão desigual”
Caetano Veloso

“A aprendizagem é a nossa vida, desde a juventude até a velhice, de fato quase até a morte; ninguém vive dez horas sem aprender.”
Paracelso


Sabe aqueles filmes de terror onde a menina escuta um barulho suspeito no porão da casa e pensa “Nossa, que barulho estranho! Será que tem um assassino se escondendo na minha casa? Vou lá descer as escadas escuras até o porão, sozinha, pra descobrir...” e você grita pra TV: “que cê tá fazendo criatura acéfala?! cê vai morrêê sua infeliz, chama a polícia !!!”, mas ela acaba sendo assassinada, conforme o previsto?
Essa é a minha vida. E de uma forma extraordinária e simbiótica a garota assassinada e o telespectador insurgido sou eu.
Na verdade, não...
Se a minha vida fosse um filme, seria daqueles que o telespectador tem que raciocinar pra fazer a conexão entre os capítulos.
O cenário seria um mundo imaginário e a narrativa não linear.
A protagonista seria solitária e angustiada, que fundamenta suas ideias através de paradoxo e é severamente vilipendiada pela própria vida, mas pateticamente tenta sobreviver no meio das circunstancias adversas.
Isto posto, tem 90% de chance do roteiro da minha vida ter sido escrito pelo Bergman junto com o Tarantino e daquilo que eu venha chamando de “minha vida” na verdade se chamar: “Bastardos morangos, inglórios silvestres”, ou,  “O sonho de Ana: Kill Bill”
Hitchcock deve ter feito a direção, pois explicaria a eficiencia absurda do clima de suspense que precede a iminente tragédia e se considerassemos “explosões de raiva” uma alegoria para combustão química, eu teria crises nervosas com efeitos especiais produzidos pelo Michael Bay.
Pior que a minha vida nem seria um filme cult...seria um filminho de “sessão da tarde” que todo mundo conhece, porque tem mais gente cagada como eu nesse mundo do que gente normal.
“Ai, coitadinha de mim como eu sofro” Sério, quem nunca viu esse filme?
Tem tanto cagado no mundo, que os biologos e filósofos já redefiniram a taxionomia.
Agora, além de Homo Sapiens, Homo Faber, Homo ludens, homo digitalis, acrescentaram o  Homo cagadus
Mentira, ninguém fez isso.
Mas, fica a dica.
Embora pareça, eu juro que esse não é mais um besteirol emo-gótico-depressivo.
Por favor: não me definam como pessimista, negativa, autodestrutiva, viciada em fluoxetina... (Fiquem, vai ter bolo!)
Não é que eu repulse a idéia de ser pessimista, nem que eu não seja tudo aquilo que eu citei acima... só não gosto da idéia de ser rotulada.
Acho injusto dividir as outras em classes: os otimistas e os pessimistas... os bons e os maus... os certos e os errados...
Como se elas só pudessem ser apenas uma das duas coisas.
Admito que na maioria das vezes me comporto de maneira pessimista.
Como a rainha das pessimistas pra ser mais honesta.
Não uma mera “pessimistinha”, mas uma pessimista schopenhaueriana.
Mas não é por causa da maioria das minhas atitudes que eu vou me definir como pessimista.
Prefiro dizer que sou otimista não-praticante.
Assim, pelo menos a semântica me dá o beneficio da duvida.
Ora essa... otimismo não é só para os fortes.
Todos falam: Nelson Mandela nunca ficou esmureceu na luta contra o apartheid, Ghandi passava semanas sem comer nada e não ficava de mau-humor, Dalai Lama diz que é preciso aproveitar o presente, Lenine canta que é preciso ter paciência, meu vizinho tá sempre sorrindo, o moço do caixa da padaria passou no vestibular pra engenharia ...mas quem derramou café quente na blusa antes de ir pro trabalho, correu pra pegar o ônibus e ainda deu bom dia pro motorista? e quem não reclamou por ter que ficar o horário de almoço trabalhando? Quem? EU!
Mas como as pessoas acreditariam que você é capaz de atitudes otimistas se elas já te rotularam como pessimista?
E vamos dizer que eu seja mesmo pessimista... não posso acordar um dia desses, concluir que isso não serve mais para mim e decidir mudar?
Tem que sempre ter muito cuidado nessa hora porque via de regra, mudar de maneira de proceder com a vida, significa: não ter personalidade, ser volúvel, maria-vai-com-as-outras ...
Uma vez eu planejei ser só otimista.
Mas tive problemas com a produção. Os diretores da minha vida não aceitaram o script...
O meu roteiro começava assim:  “Um dia, a menina Ana Paula sofre um acidente no laboratório das Industrias Boring onde trabalha e é picada por uma espécime rara de aranha chamada Maximus autoajudis. Após a picada, ela sente uma enxaqueca lacerante e intermitente e desmaia acordando somente no dia seguinte.Mas logo que acorda, ela percebe que adquiriu superpoderes: sua auto-estima estava 100 vezes maior que o tamanho normal. O veneno da aranha alterou seu DNA e agora ela possuía disposição para encarar as coisas pelo seu lado positivo e esperar sempre por um desfecho favorável, mesmo em situações muito difíceis.”
O clímax seria na parte que “para proteger Cobra City do desânimo, do fracasso e da tristeza, cuidando sempre que sua identidade permaneça secreta, a pacata Ana Paula subitamente se lança na cabine telefônica, rasga sua camiseta, veste a calcinha por cima da calça e se transforma na... Mulher Otimista!”
E no final ela casava com o mocinho e The End
Versão brasileira Herbert Richards.
Sobem os créditos
Por que não podia ser assim?
Ia ser perfeito.
Mentira, eu não acredito em perfeição.
Para mim, esse senso comum, onde o otimismo é TODO bom e o pessimismo TODO ruim, onde você ou é otimista ou é pessimista, ou é vilão, ou é mocinho...
Isso é tão ficcional quanto adquirir superpoderes.
No “senso incomum” otimismo e pessimismo não devem ser opostos, mas complemetares.
Enquanto o pessimismo alicercia a racionalidade, o otimismo encoraja a agir diante a adversidade...
Como diria Gramsci: o "pessimismo da inteligência" não deve abalar o "otimismo da vontade"
Véi, na boa: eu acho otimismo é uma atitude maravilhosa, mas você tem ser triste pelo menos meia hora por dia para poder ser criativo e outra coisas.
Poderia continuar falando sobre essa adorável dicotomia, mas como tudo que eu defendi superficialmente, está bem melhor defendido e na íntegra nos escritos de Kant, Nietzsche, T.S. Eliot e Tolstoi... então não vou continuar pra não dar spoiler das obras deles.
Mudando da filosofia para a arte, sabe o que eu não entendo? Parece que o pessimista é sempre uma pessoa chata, mas o pessimismo é uma coisa engraçada.
Por exemplo: antes da Funerea, a Diva do Mau-humor, fazer sucesso na MTV, eles tinham um quadro que ficou no ar durante um ano, chamado “O garoto enxaqueca” ou “Migraine Boy” que era um garoto pessimista que queria distância de todos.
Inicialmente era um personagem de quadrinhos criado por Greg Fiering, depois virou um quadro na MTV que tinha muitos fãs.
Minha tirinha preferida é aquela que um garotinho vai até o Garoto Enxaqueca e oferece um guarda-chuva no meio de uma tempestade e ele responde: “Obrigado, prefiro pegar uma pneumonia e morrer”.
Musica pessimista também faz muito sucesso.
Que o digam os emos e góticos que adoram o dark side of the life.
Tem uma banda chamada Get Set Go que faz o pessimismo parecer muito engraçado. Conheço mais gente, além de mim, que dá risada quando escuta algumas musicas deles como: I Hate Everyone ou You’ll Look Beautiful As You Burn.
Resumindo:
Pessimismo = muito legal
Pessimista= muito chato
Got it?
Eu não.
Além de um filme do Bergman feat Tarantino dirigido pelo Hitchcock com efeitos especiais de Michael Bay, minha vida também é uma musica do Caetano Veloso.
Melhor dizendo, não “uma musica” , mas “aquela” musica...
A que não tem o compasso da bateria, nem bonitos riffs de guitarra, nem o romantismo do piano, nem baixo... só tem uma melodia de violão sobreposta a rimas de versos que parecem o desabafo rebelde de alguém que é o oposto do outro alguém.
O nome da música é “Quereres”
É inegável o apreço que a humanidade tem por comparações, alegorias.
Forest Gump dizia que “a vida é como uma caixa de chocolates, você nunca sabe o que vai pegar”
Charles Chaplin dizia que “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios...”
Para Einstein “A vida é igual andar de bicicleta. Pra manter o equilíbrio é preciso se manter em movimento...”
Acho que Jesus Cristo que inventou essa moda, quando começou a pregar o Reino de Deus por parábolas.
A propósito: eu acho que a minha vida é um canudo azul vazio.
Em dezembro de 2007, na cerimônia de colação de grau, após a oradora da turma, Adriele, citar Shakespeare e eu jurar que exerceria a minha profissão com ética, o reitor da Unioeste me conferiu o grau de licenciada e me deu um canudo azul vazio pra fazer de conta que ele estava me dando um diploma.
O canudo simboliza que eu aprendi, mas não era o diploma.
Defender que a verdade não é unilateral, que sempre existem mais de um ponto de vista, que a realidade é contraditória e até essa historia de que pessimismo e otimismo são duas faces da mesma moeda... tudo isso e mais estavam simbolizados por aquele canudo vazio e foram o motivo pelo qual eu virei o cordão do capelo da direita para a esquerda depois de recebe-lo.
Gosto mais daquele canudo vazio do que do meu diploma.
Ele me lembra que eu não vou ganhar um certificado toda vez que aprender alguma coisa e que o fato de eu não ver algo, não significa que ele não existe.
E essa é a resposta vencedora de hoje para a famosa pergunta metafisica “quem é você ?”: crônicas de um filme, uma música e um canudo vazio.



sábado, 27 de outubro de 2012

One thing ♪






♪♫ Some things gotta get loud
'Cause I'm dying just to make you see ♫ ♪
♪♫ That I need you here with me now
'Cause you've got that one thing♫ ♪

Ai, ai... essa musica me deixa tão contente...
Tô só comentando. Nem vou falar dela.
Mentira, vou sim.
Não, claro que não... ta louco?
Eu gostaria de escrever sobre seriados.
E listas.
Por que eu adoro seriados.
E adoro listas.
Acho que deviam fazer um seriado sobre listas.
Ou eu podia fazer uma lista de seriados.
Sim. É isso mesmo.
É que eu fiquei rodeando, meio sem saber como dizer logo de início... afinal já existem tantas listas de seriados... mas agora tomei coragem e vou falar: esse é apenas “mais um post de listas de seriados”.
Em defesa desse meu “mais um post de listas de seriados” eu argumento que esse é mais bonitinho. É o one direction dos “apenas mais um post de listas de seriados”
Ou não....
Acho que quando se trata de filhos, seriados, listas e boy bands a gente sempre acha que o nosso é mais bonito.
Não vou falar de The big bang theory, Dexter, Scrubs, The It Crowd, The mentalist, Dr. House, Smallville, Supernatural, .... porque alguns desses é quase de domínio público que são bons (já são amados o suficiente e estão em todas as listas de “melhores seriados ever”) e outros eu já falei deles tanto que já ficou obsoleto pra mim escrever sobre eles.
Vou listar 10 seriados ~deveras auspiciosos~ que normalmente não figuram em listas, mas que deveriam, por um motivo ou outro (na minha opinião). 

10. Elmiro Miranda Show
É uma serie brasileira que passa na TBS. Começou dia 01/10
Rafael Queiroga interpreta Elmiro Miranda um novo apresentador de Tv que inicia um novo programa de auditório chamado “Elmiro Miranda Show”
Elmiro Miranda,o apresentador: Ele confunde os convidados (chama a Rita Cadilac de Gretchen), tira sarro deles na legenda que passa abaixo da tela, usa um bordão chato, que quando ele diz é engraçado “EETA PIRONGA!”
Elmiro Miranda show, o programa de auditório:  o assistente de palco é um Manolo de nome Marcão Treme-Treme que é uma mistura de Serginho Malandro com Marcos Mion.
A estória se passa no próprio programa de TV Elmiro Miranda Show e na elaboração deste (as reuniões de equipe, a preparação das matérias, achar alguem famoso que tope participar do programa)
Vale a pena assistir porque é divertido, original e brasileiro né.
 10. 1 Tratamento de choque
Esse é o novo seriado que o Charlie Sheen ta fazendo na TBS. Começou dia 20/09
Quando Charlie saiu da Warner porque brigou com o Chuck Lorre (o produtor de two and a half man, o seriado que ele fazia) gerou uma certa tensão nos fãs. Uns achavam que ia ser muito difícil ver ele em outro papel que não fosse o do mulherengo e beberrão “Charlie Harper”, outros achavam que o seriado não ia ficar tão bom sem ele.
Mas foi uma surpresa boa para os dois lados.
Na minha opinião, Charlie está fazendo um personagem totalmente diferente do anterior na Warner e está indo, de certa forma, muito bem.
Já o seriado two and a half man, dizem por aí que anda com baixa audiência. Não sei se é verdade, uma vez que neste mês começa uma nova temporada. Além disso, acho que ta ganhando em qualidade. Em primeiro lugar porque os episódios saíram daquela mesmisse de sempre, em segundo lugar porque o Jon Cryer  que faz o Alan (que sempre ficou na sombra do Charlie Sheen) vem se destacando enquanto ator e  até levou o Emmy de melhor ator de comedia esse ano (ele desbancou nada mais nada menos que o Jim Parsons) e em terceiro lugar: Ashton Kutcher. Apenas.
Tratamento de choque conta a historia de um ex-jogador de baseball chamado...  –atenção para a originalidade- “Charlie” que não sabia controlar a sua raiva, teve uma lesão e acabou saindo do time. Ele decide então (de um jeito não convencional) se tornar terapeuta, especialista em controle de raiva. (o irônico e talvez proposital é que ficção meio que se encontra com a realidade porque ao que me consta o próprio Charlie Sheen teve que ir para um centro de reabilitação para aprender a controlar a raiva e o seriado quase parece um resumo dos últimos acontecimentos da vida dele... as vezes parece que ele não faz nada que não seja autobiográfico)
Não tem muito o que falar do enredo... é só isso mesmo.
E eu figuro esta serie aqui na minha lista, porque acho que o Charlie merece outra chance.
Nunca ele me agradou em two and a half man, mas certamente ele me ganhou no filme “Top Gang- ases muito loucos”, foi o filme mais engraçado que eu assisti na adolescencia. Pros mais novinhos eu conto: Ele fazia um piloto de avião deveras engraçado chamado Topper e o enredo era uma paródia do filme clássico do Tom Cruise “Top Gun”. Charlie Sheen era tipo o Adam Sandler em 1990.
Enquanto em two and a half man ele fazia o papel dele mesmo, e so fazia esforço em mexer a boca... em top gung ele fazia a gente chorar de rir.
Enfim, sou sincera em dizer que tratamento de choque não é o melhor seriado do mundo nesse momento, mas pode se tornar. É um voto de confiança naquele bom ator que fez Top Gang. GO, Charlie! GO!

9. Sherlock Holmes
Obviamente, é um seriado baseado nas obras de Sir Arthur Conan Doyle.
Com diferenciais.
Por exemplo: a historia se passa no século XXI.
Eles usam celulares, carros modernos e ao invés de um diário, Watson escreve um Blog!
Há!
Vale complementar que enquanto Robert Downey Jr faz uma interpretação mais cômica do Sherlock Holmes nos filmes, Benedict Cumberbatch faz uma versão mais fiel ao dos livros de Sir Doyle.
O primeiro caso da série é uma adptação de "A Study In Scarlet" e se chama “A Study in Pink”, no qual ele soluciona uma série de assassinatos que se passam como suicídios (no livro a trama gira apenas em torno de um crime). Como eu ja tinha mencionado antes, os episódios da série são baseados em livros de Sherlock Holmes e transformados em contos contemporâneos.
É isso. Sherlock Holmes é uma ótima série que junta ação, mistério e humor inteligente.

8. Star Trek
Com o Capitão James T. Kirk  comandando sua tripulação dentro da nave espacial da Federação Unida dos Planetas: a fodástica USS Enterprise e com Spock (Leonard Nimoy) como oficial de ciências e primeiro oficial
É absolutamente impressionante como uma serie de ficção cientifica espacial de 1966, sem efeitos especiais extraordinarios continua tão interessante e original até hoje.
Vou confessar que comecei a assistir por causa das muitas referências usadas no seriado The Big Bang Theory.
Comecei a assistir por isso, mas continuei porque é realmente muito bom.
Vários episódios refletem sobre problemas reais da sociedade dos anos 60. Falam de guerra e paz, lealdade, autoritarismo, imperialismo, economia, racismo, religião, direitos humanos, sexismo, feminismo, o papel da tecnologia...
E tem o capitão Spock né ...
A historia se passa dentro da USS enterprise e normalmente os episodios se desenvolvem assim: capitão Kirk ou alguem da tripulação vê algo diferente no sinal do satelite e o capitão resolve investigar o que é e aí as coisas começam a acontecer...
Um dos melhores episódios que eu assisti é um que o Kirk manda o Spock e uma pequena tripulação na nave Genesis para um planeta desconhecido numa missão de reconhecimento e resgate. A Genesis pára de funcionar no meio do caminho e eles ficam sem contato com a enterprise e o Spock como oficial de maior patente da nave tem que assumir o comando.
Só que o MacCoy, o oficial medico da tripulação, começa a se encher com o Spock e aquele jeito dele de lidar com as situações alegando que é tudo uma questão de logica ... e o Spock tambem fica meio putinho com o resto da população porque nao conseguem ser mais racionais...
E essa velada briguinha da tripulação x Spock, razão x emoção, prolonga-se até o final do episodio que termina de modo convencionalmente inesperado.

7. Seinfeld
Essa é uma série dos anos 80, mas de tão boa que é foi considerada uma das melhores séries televisivas de todos os tempos  e considerado o terceiro "melhor programa dos últimos 25 anos" pela Entertainment Weekly, atrás apenas de The Sopranos e The Simpsons.
Foi criada por Larry David (considerado um dos melhores comediantes de todos os tempos) e Jerry Seinfeld (que atua no seriado como uma versão fictícia dele mesmo)
É um seriado que não aborda nada em especifico.  São pessoas comuns vivendo situações corriqueiras e essas situações corriqueiras o Jerry Seinfield usa para fazer seu show de stand-up comedy.
O seriado usualmente começa e termina no show do Seinfield fazendo comentarios e piadinhas engraçadas sobre alguma coisa e isso acaba sendo o tema central do episodio.
6. Little Britain
Sabe aqueles documentários sobre a cultura, pontos turísticos, comida, modo de vida de um determinado país que passam no colégio, ou no curso de idiomas, ou no Discovery channel ?
Aqueles que o narrador vai conduzindo uma expedição televisiva-cultural num tom empolgante e chato ao mesmo tempo, com um texto do tipo: “ In the New York City,  you could visit astonishing sightseeings like  the Statue of Liberty…”
Então, o enredo do seriado é desenvolvido como se fosse um desses documentários.
Só que ao contrário.
O lugar é a Grã-Bretanha e o narrador, que deveria apresentar e falar da cultura e dos lugares fastidiosamente, faz o oposto tecendo comentários ridículos, medonhos, sarcásticos e errados sobre o local (por exemplo, "na Grã Bretanha temos água corrente há mais de dez anos, um túnel que nos liga ao Peru, e inventámos o gato" ou "o destino favorito para passar férias, depois da Sibéria, é a Escócia").
E tem os personagens que são em sua maioria, estranhos. Eles são diferentes em cada sketche, mas se repetem ao longo da série.
Eu acho que é o seriado mais engraçado que eu já vi nos últimos tempos.

5. Six feet under
Pra quem, como eu, assistir Dexter antes de assistir Six feet under é possível que ache muito estranho ver o Michael C. Hall no papel de David Fischer, o filho gay de Nathaniel Fischer herdeiro da funerária Fisher & Diaz junto com seu irmão Nate.
Mas Six feet under veio antes de Dexter. É de 2001 e eu só fui assistir pouco tempo atrás por recomendação da Vanessa, minha influenciadora sitecom-cinematográfica.
Cada episódio começa com uma morte — e por conseqüência — um cliente da funerária. Esta morte, geralmente, dá o tom de cada episódio, permitindo aos personagens refletir sobre as suas vidas e infortúnios, baseando-se na morte do cliente e suas consequências.
It’s fucking awesome.
Sem mais.

4. Community
É uma comédia universitária.
Sabe aqueles filmes de comedias universitárias tipo eurotrip, cara cadê meu carro, aprovados, etc?
 Então ...
Não tem nada a ver.
Community é bem melhor. (beeeeeeeem melhor)
O enredo é: Jeff Winger (Joel McHale) que é um advogado trabalhado na picaretagem, que não tem diploma (ele ~meio que~ falsificou um) teve seu falso diploma considerado inválido pela Ordem dos Advogados de Colorado e por isso ele decide cursar a universidade comunitária de Greendale pra conseguir um diploma verdadeiro.
Lá, ele forma uma panelinha de amigos, a principio com intuito de fazer o trabalho de espanhol, e essa panelinha de amigos acaba sendo a panelinha mais improvável- porém descolada- ever:
Jeff Winger: o advogado picareta e descolado supra mencionado
Abed Nadir: um estudante de cinema muçulmano
Britta: a loira gostosona e rebelde sem causa.
Shirley: mãe recentemente divorciada frequentando a faculdade pela primeira vez
Pierce: um idoso magnata dos lenços umedecidos que foi casado sete vezes.
Troy : ex-quarterback no ensino médio.
Annie: a nerd.
Destaque: Señor Ben Chang, um chinês que é professor de espanhol, interpretado por Ken Jeong, que atuou também no filme “Se beber não case”.
Também acho o ator Joel McHale genial. Vale a pena também assistir “Soup” um programa que ele apresenta no canal E!
No final de alguns episódios, o Abed mais alguém, normalmente o Troy, apresentam um jornalzinho de escola, ou apresentam um seminário que é altamente risível... Fico imaginando alguem fazendo isso na vida real, aquelas palhaçadas todas num seminário de faculdade um dia.


3. South Park
Ok, esse seriado é bem conhecido e é um contraponto figurar na minha lista que pretendia ser semi-hispster e falar de seriados quase desconhecidos... É que nas ultimas temporadas eles se superaram.
O que não aconteceu em South Park? O que não aconteceu com Kyle, Cartman, Stan e Kenny?
Mas eu vou chamar atenção para um episodio da 14 temporada. Não sei o nome do episódio, só sei que foi transmitido pelo canal Comedy Central em 2010.
É um que apresenta a liga dos superbestfriends que lutam pra proteger South Park do Tom Cruise.
Os superbestfriends são: Jesus Cristo, Muhammad (ou Maomé), Buddha, Moises, Joseph Smith, Krishna e Sea Man
Esse episodio foi censurado depois de ter recebido uma advertência de um grupo muçulmano dos Estados Unidos porque eles acharam muito ofensiva a presença do Muhammad (ou Maomé).
O que os produtores fizeram? Colocaram uma tarja preta na figura do Muhammad (ou Maomé) escrito “censurado” e zoaram ele o episodio inteiro.
O enredo é todo cheio de humor irônico: o Tom Cruise quer raptar o Muhamad (ou Maomé) porque ele possui uma imunidade contra zoação, é o único que ninguém pode tirar sarro... e o Tom Cruise quer roubar esse poder dele.
Além disso, mostra Jesus Cristo assistindo a pornografia e Buda, cheirando cocaína e outras heresias.
Curiosidade: Em um episodio dos Simpsons, eles se manifestam sobre esse episódio censurado. A mensagem aparece durante a vinheta de abertura da série, com Bart escrevendo na lousa: “South Park we’d stand beside you if we weren’t so scared” (South Park, nós ficaríamos ao lado de vocês, se não estivéssemos tão assustados).
Curiosidade II: No mês passado, dezenas de palestinos queimaram bandeiras dos Estados Unidos e gritaram "Morte à América" na Faixa de Gaza em protesto contra o filme que ridiculariza o profeta Maomé “Inocência de muçulmanos”. Não é tipo uma catarse? Sei lá... eu acho que é.

2. Damages
Me perdoem a hipérbole, mas eu posso jurar que se você assiste os primeiros episodios de Damages, nunca mais na vida você tem paz ate descobrir o que vai acontecer no ultimo.
A série é perfeita.
A narrativa, o enredo, o desenrolar dos personagens, tudo.
A primeira temporada é sobre a supermegaüber advogada Patty Hewes contratando uma jovem e promissora advogada chamada Ellen Parsons.
Os primeiros episódios são confusos. Começa com a Ellen na cadeia sendo acusada de assassinato e vai fazendo uma retrospectiva desde o dia que ela foi contratada pela Patty Hewes ate o momento em que ela chegou na cadeia.
No desenrolar da história descobre-se que a tal Patty Hewes é toda trabalhada na malandragem, o noivo da Ellen foi assassinado e tramaram para que ela levasse a culpa e tudo isso tem a ver com a investigação que ela estava fazendo sobre o golpe que o multi-milionário Arthur Frobisher  aplicou em seus investidores.
E pensar que essa série foi cancelada devido a baixa audiência... Pode isso?

1. Dr. Who
Oh, Gee-zus!
Por onde eu começo a falar de Dr. Who?
Bem como Star Trek, comecei a assisti-lo por conta de referencias citadas em The Big Bang Theory e hoje é minha favorita.
Trata-se de um seriado de ficção científica com humor inteligente e viagens espaciais.
Imagine o seguinte cenário:
Você está dormindo, quando escuta um barulho no quintal.
Quando você levanta e vai ver o que é, descobre que tem uma cabine de polícia antiga azul, dessas que usavam em Londres, caída no seu quintal e dela saí um sujeito que aparenta não ter mais que uns 35 anos, alto, magro, moreno dos cabelos bagunçados, vestindo terno risca de giz, camisa, gravata, all star vermelho e ele acena para você e diz:
- Olá! Eu sou o doutor!
E aí, conversa vai, conversa vem... você descobre que ele é um senhor do tempo (um alienígena viajante do tempo que possui dois corações) e que aquela cabine de polícia é uma máquina do tempo conhecida como TARDIS - Time And Relative Dimensions In Space (Tempo e Dimensões Relativas No Espaço).
Aí você acha tudo aquilo muito estranho e pergunta pra ele: “voce não pode ser alienígena, você parece um humano” e ele responde: “não, você é que parece um senhor do tempo, nós viemos antes que voces”
Depois ele salva a Terra de uma ameaça alienígena e no final olha para você e diz: “O que você me diz de vir comigo e viajar no tempo? Qualquer civilização, qualquer planeta, qualquer época... é só você escolher!”
E você pergunta: “mas por que eu?” e ele responde: “mas por que não?”
Daí você aceita.
E viaja com ele para outros mundos, outras épocas, interfere nos principais acontecimentos históricos, conhece de Shakespeare, Agatha Christie, Winston Churchill, Nero... entre outros. Conhece alienígenas, conhece uma biblioteca que literalmente é um planeta, conhece vários lugares na Terra, salva a Terra, quase morre, e muitas outras cositas más.
Isso é mais ou menos como é a série.
Na verdade é como é o começo de cada temporada, que sempre inicia com ele escolhendo uma ajudante.
E se esse não é o enredo de seriado de ficção mais legal EVER, eu não sei mais o que é.
Ano que vem a série comemora 50 anos.
Obviamente, não é sempre o mesmo ator que faz o “doutor”
By the way: agora eu estou acompanhando a 6º temporada e ainda não estou muito acostumada com o novo doutor... sinto falta do David Tennant, mas tô me acostumando com o Matt Smith no papel.
Um episódio que me emocionou nessa nova temporada foi quando o doutor encontrou Van Gogh. Tô só comentando.

Melhores ou não, premiados ou não... esses seriados são demais. Ou como cantaria o one direction they ♪ got that one thing♪


Menções não-honrosas:
Sabe aquelas coisas que você assiste secretamente e acha muito legais, mas tem vergonha de admitir que assiste?
Eu sou bem o tipinho de gente que fala dos próprios defeitos em voz alta, então porque não assumir as coisas que eu tenho vergonha de dizer que assisto, não é mesmo?
Então: Joan of Arcadia (Joan é uma moça que fala com Deus... na verdade ela é uma espécie de aprendiz ... uma “Daniel Sam” de Deus... porque ele sempre dá uma missão pra ela realizar no começo do episodio e no final dá a moral da historia. Deus no caso é sempre alguem comum como um professor, uma criança etc... Enfim, eu assisto o seriado. E só Deus pode me julgar.), Feiticeiros de Waverly Place ( eu podia dar muitos motivos, mas vou ser sincera: eu assisto porque eu amo a Selena Gomez), TheX factor (é tipo ..... é... bom... é legal), Fashion Police (é um programa do canal E! que sacaneia o jeito de vestir das famosas e famosos) Rodrigo Faro (Rodrigão amor eterno, amor verdadeiro)