A segunda palavra mais descolada que eu aprendi nas aulas de
alemão foi Volkswagen. (a primeira foi Auf Viederssen)
Volk= povo Wagen= carro. Portanto: carro do povo.
Hitler criou a Volkswagen no terceiro Reich e encomendou a
fabricação de um carro popular e de baixo custo para o engenheiro Ferdinand
Porsche em 1935. Ferdinand o desenhou, criou o primeiro motor refrigerado a ar
e fez o logotipo da Volkswagen que na verdade é uma suástica com pequenas
alterações.
Mas o que realmente me intriga é a brincadeira do fusca azul:
quem, como, quando e por que, um dia avistou um fusca azul e pensou: “olha, um
fusca azul! Vou dar um soco no braço da pessoa que esta do meu lado, dizendo
“fusca azul” e ela não vai poder fazer nada”. Qual a lógica? Por que azul? Por
que fusca? Por que um soco?
A brincadeira do fusca azul consiste em: a pessoa que avista
primeiro um fusca azul, possui o direito/dever de dar um soco no braço da(s)
pessoa(s) que está(ão) ao lado, pronunciando: “Fusca azul!” e esta(s) deve(m)
receber o soco condescendentemente. Apenas.
É só isso mesmo a brincadeira: ver o fusca azul e dar um
soco na pessoa do lado.
Assim:
- Fusca Azul! (soc)
Pronto, acabou.
Quem será que inventou isso e porque?
Será que foi Hitler tambem? Ele pode ter pensado: “Pessoal
da Volkswagen, atenção: quero uma frota ariana de fuscas. Se eu ver um único
fusca azul nas ruas eu vou socar vocês !!” e assim nasceu a brincadeira do
fusca azul.
Era isso que eu me perguntava enquanto tentava ensinar a
brincadeira do fusca azul para minha vizinha, Carolina, dentro do fusca amarelo do meu tio, à caminho do nosso
almoço de domingo no Abrigo São Vicente.
Carolina é minha vizinha há quinze anos. Fomos melhores
amigas na infância, mas havia muito tempo que eu não conversava com ela.
As vezes nos esbarrávamos nos corredores da universidade
quando estávamos na graduação. Esporadicamente também nos víamos na academia e
na Dejan Danças onde fazíamos aula de dança aos sábados, mas nunca engrenávamos
uma conversa muito longa.
O convite para o almoço surgiu por acaso.
O pai da Carolina
consertou minha TV a cabo semanas atrás e meu tio convidou-o para almoçar
conosco num evento beneficente do abrigo São Vicente.
Ele recusou porque já tinha feito planos de viajar com a
esposa, mas Carolina aceitou o convite.
Domingo, as onze horas nos encontramos para ir ate o local
do almoço e no caminho começamos a conversar sobre a vida, o universo e tudo
mais.
Escolhemos assuntos neutros para criarmos empatia enquanto
eu lembrava da época em que brincávamos de caça ao tesouro achando pedrinhas no
meio da areia, do quanto eu amava o suco natural de maracujá que a mãe dela
fazia, da paixão que compartilhávamos
pela família dinossauros.
Teve um natal que ela ganhou um “baby” de pelúcia e um vinil
com musicas de natal cantadas pela família dinossauros. Desde então, toda vez
que eu ia na casa dela pra brincar, a primeira coisa que a gente fazia era
escutar e dançar a nossa musica preferida, que era uma que o baby cantava. O
refrão era assim: “É natal... É natal... tempo de felicidade... É natal... É
natal... feliz natal de verdade!!”
Lembrei que ela levava a serio o que eu falava, mesmo que
fosse a coisa mais idiota do mundo...
Por exemplo: na minha casa tinha dois pés de goiaba e um de
ameixa, onde passávamos a tarde catando frutas e colocando numa sacolinha para
comer depois. Foi a partir deste cenario que surgiu a minha teoria da goiaba:
“Carol, comer goiaba é uma tremenda judiação com o bicho da goiaba! Porque a
goiaba é o mundo do bicho da goiaba e nos estamos comendo o mundo dele. Do
mesmo jeito que esse nosso mundo pode ser uma grande goiaba e nós os
bichinhos... já pensou se vem alguém algum dia e morde esse mundo com a gente
dentro??” Ela concordou e a gente só comeu ameixa por um bom tempo
Hoje discutíamos a ultima eleição.
Descobri que temos mais ou menos o mesmo posicionamento
político.
Também descobri que o pé de acácia - onde uma vez um bicho me
mordeu e eu fiquei doente e por isso não pude ir ao parquinho no fim de semana
- ainda existe no quintal da casa dela... Acho que foi só o que parece ter
resistido ao ação do tempo em nossas vidas.
Sorridente e simpática ela me contava que vai casar no mês
que vem, falava sobre seu trabalho na Copel, sobre a viagem que ela fez na usina
de Foz do Iguaçu, do acidente que presenciou na BR dias atrás..
Meu Deus, ela dirige!
E eu me lembrando dela andando de bicicleta.
Com rodinhas.
Quase entrei no assunto com ela, para ver se ela se lembrava
da nossa infância.
Mas desisti e perguntei outra coisa:
- Carol, você oficialmente é a única pessoa que eu conheço
que cursou matemática e se formou em quatro anos... Eu tenho amigos que dizem
que se terminar em sete anos é lucro! O que você fez? Mais importante que isso:
te ensinaram a resolver um cubo de rubik?
- Hahahahah... na verdade eu levei meio nas coxas... não é
tão difícil assim quanto falam. Minha mãe te contou que eu estou fazendo Engenharia
na Fag agora? Mas e você? ainda faz academia la na frente da Unioeste? E as
aulas de dança na Dejan? Parou?
- Parei. Não dava tempo, nem sobrava dinheiro com essa
estória de estudar em Marechal Candido Rondon...
- Eu também parei... mas a Tati, minha prima, lembra? Ta
fazendo academia no SESC e disse que é muito bom... por que você não fala com
ela? Vocês podem ir juntas
- Vou pensar no seu caso... mas agora que seu pai consertou
a TV a cabo, tá tããããooo difícil sair de casa hahahahaah
- Por falar em Tv a cabo, sabe que esses dias eu assisti
família dinossauros no Tooncast e lembrei de você, Ana? Lembra de como a gente
gostava?
- Nooooooosssaaaaaaa !!!! Se lembro! Você ainda tem aquele
vinil, Carol? Por que eu já tentei baixar aquele álbum no 4shared e não consigo.
- É sério? Não né...Ai Aninha, sua tonta!!! hahahhaha
“(...) Cuidado com a coisa, coisando por aí.
A coisa coisa sempre, também coisa por aqui. (...)”
Renato
Russo
Fernando “tudovaleapenaseaalmanãoépequena”Antonio Nogueira
Pessoa, geminiano, 1,73, ícone da literatura mundial.
Português, filho de um modesto e culto funcionário público que
morreu tuberculoso. Após a morte de seu pai, sua mãe casou de novo com um
cônsul e ele foi morar na África do Sul.
Após alguns anos, Fernando voltou da África para Lisboa e
foi fazer curso de Letras... mas não chegou a terminar o curso.
Antissocial, triste, sem uma graduação completa e ainda
assim um dos melhores escritores que o planeta Terra já viu.
Além das obras que ele assinou a autoria, criou heterônimos (Ricardo
Reis, Álvaro de Campos, Alberto Caieiro, Bernardo Soares...) e escreveu como se
fosse outra pessoa.
Interessante é que ~as pessoas do Fernando~ tinham personalidades
diferentes também
Ou seja, ele era tão forever alone, mas tão forever alone
... que criou um RPG pra ele mesmo e jogava sozinho.
Awesome, isn’t it?
Com 47 anos de idade, faleceu de cólica hepática por causa
do alcoolismo, em Lisboa, dia 30 de Novembro de 1935.
Talvez seja um pouco tarde pra isso, mas escrevi um versinho
para homenageá-lo: “batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão... muita gente
só te dá valor depois que está dentro do caixão...”
Ok, a rima pode ser pobre de gramática, mas é rica de
coração.
Sobre essa parada de ele ser um poeta de enorme valor e
morrer achando que era um loser: Acho injusto.
Mas a vida é real e de viés: santo de casa não faz milagre.
Já é mais difícil pra quem esta perto cogitar a hipótese de que
você é “mais do que os olhos podem ver” e se você não faz um “marketing pessoal”,
não tem experiência em falar muito bem de si mesmo, ou é um pouco pessimista,
pior ainda.
As pessoas tendem a achar especial aquilo que brilha de longe,
aquilo que é mais misterioso... aquilo que PARECE especial.
Tambem tem que tomar cuidado com essa história de falar mal da
própria pessoa publicamente quando se sente frustado consigo: existe 90% de
chance das pessoas acreditarem que você não presta mesmo.
Bem, Fernando não teve diploma, nem muitos amigos, também não
constituiu familia ... talvez os
brilhantes poemas dele preenchessem essa lacuna, ou talvez não.
Pena que nem dinheiro ele ganhou com isso.
Mas e se ele tivesse se formado em letras como pretendia e se
tornado um bom professor?
Marx desejava ser professor universitário.
Se ele tivesse sido bem sucedido nessa profissão, ele
provavelmente não seria lembrado.
Mas esse comunista, filho de uma holandesa de sobrenome
“Philips” e de um judeu que abdicou do judaísmo para ser advogado, decidiu ser
jornalista de um jornal que criticava o rei Frederico Guilherme e o final da
historia todo mundo sabe.
Fascinante, se parar pra pensar.
Talvez a mente brilhante do século seguinte seja um colega
meu de faculdade, ou o seu Olivio o guarda do campus.
Não conheci “Fernando”, mas tenho a sorte que conhecer “pessoas”
(adoro esse trocadilho Fernando/pessoa) fantásticas em vida e quando tenho
oportunidade expresso minha admiração por eles.
(afinal é melhor falar bem deles agora antes que alguem no
futuro o faça, não é?)
Uma dessas “pessoas” é o “Fernando” Nascimento.
Quem estuda na Unioeste campus de Marechal Candido Rondon/PR
já deve tê-lo visto em reuniões do DCE e em militâncias da UJS, mas talvez não
saiba que ele é um exímio rapper.
Adriele é outro alguém de quem sou fã. Ela é uma dessas pessoas
que está tentando fazer desse mundo um lugar melhor para todos ... as suas
pesquisas no campo da política educacional, somando as muitas outras que esse
país produz, contribuem para a compreensão da realidade da educação e servirão
de base para as desejadas mudanças.
Mas mesmo que ela não tivesse feito mestrado, mesmo que ela
tivesse que colocar o dedão no carimbo para fazer sua assinatura, ela ainda
seria igualmente fantástica.
Por que ela é minha amiga há quase nove anos e durante esse
tempo ela vem fazendo do mundo um lugar melhor para mim.
Adriele e eu temos em comum uma outra pessoa talentosa.
Em 2008 conhecemos Lucas no curso de pós-graduação.
Um sujeito muito chato, porém muito legal, que nunca foi
apresentador de TV mas usa um bordão: “sou negro, pobre, feio, ando a pé e moro
longe”
Não falava durante as aulas e só participava de debates
quando era realmente necessário (porém escrevia melhor que a metade da turma).
Enfim, por esses e outros motivos ele é uma pessoa muito
exclusiva.
Um item de colecionador que Deus fez.
E o talento dele que eu gostaria de enaltecer aqui é o de
poeta.
Mesmo que eu só conheça um poema dele.
É que eu realmente gostei desse poema.
Anos atrás, ele e a irmã dele, que é artista plástica,
fizeram uma exposição na biblioteca municipal e foi onde ele expôs este:
Poema Quase de Amor
Não acredito que partiu
E a mim desprezou
Você segue seu destino
Enquanto eu sou esquecido
E procuro uma maneira
De preencher a tua falta,
Porém você se foi
Infelizmente é a verdade,
Eu estou sem saída
Te perdi e agora é tarde
Meu coração em aperto
Procura resposta frente a esse momento,
Como foi isso acontecer?
Sem você,
Não vou a lugar algum,
Tento me aproximar
Você não olha para trás
Realmente estou sozinho
E você só quer seguir o seu caminho
Ainda não consigo acreditar
Porém eu sei,
Virão outras em seu lugar
Mas neste momento,
Era você a quem eu mais queria
Apenas você me traria
Uma abundante alegria
Contudo não percebes que existo
E segues tua jornada
Outros olhares atentos te esperam
Não há como negar
Tu és realmente desejada
Estou na grande espera
De um dia melhorar
Quando isso acontecer
Saudade nenhuma sentirei
Será um tempo de lembrança
Onde ao te ver anunciarei:
- esta
"peguei" muitas vezes
Hoje já não mais,
Lotação Eixo Leste-Oeste
Tempo que ficou pra trás
Pessoas que eu nunca conhecerei como Fernando Pessoa são referenciais
para mim.
Sorte a minha que outras pessoas que admiro, eu tive a
oportunidade de conhecer.
Sabe, não precisa ser gênio para criar coisas e não é porque
não somos famosos que somos figurantes na historia do mundo.
Já dizia (cantava) Renato Russo: ♪ Ora, se você quiser se divertir,
invente suas próprias canções.. ♪
“ Melhor é a mágoa do que o riso, porque a
tristeza do rosto torna melhor o coração”
(Eclesiastes
7:3)
“O quereres e o estares sempre a fim, do que
em mim é em mim tão desigual”
Caetano
Veloso
“A aprendizagem é a nossa vida, desde a
juventude até a velhice, de fato quase até a morte; ninguém vive dez horas sem
aprender.”
Paracelso
Sabe aqueles filmes de terror onde a menina escuta um
barulho suspeito no porão da casa e pensa “Nossa,
que barulho estranho! Será que tem um assassino se escondendo na minha casa? Vou
lá descer as escadas escuras até o porão, sozinha, pra descobrir...” e você
grita pra TV: “que cê tá fazendo criatura
acéfala?! cê vai morrêê sua infeliz, chama a polícia !!!”, mas ela acaba
sendo assassinada, conforme o previsto?
Essa é a minha vida. E de uma forma extraordinária e
simbiótica a garota assassinada e o telespectador insurgido sou eu.
Na verdade, não...
Se a minha vida fosse um filme, seria daqueles que o
telespectador tem que raciocinar pra fazer a conexão entre os capítulos.
O cenário seria um mundo imaginário e a narrativa não
linear.
A protagonista seria solitária e angustiada, que fundamenta suas
ideias através de paradoxo e é severamente vilipendiada pela própria vida, mas
pateticamente tenta sobreviver no meio das circunstancias adversas.
Isto posto, tem 90% de chance do roteiro da minha vida ter
sido escrito pelo Bergman junto com o Tarantino e daquilo que eu venha chamando
de “minha vida” na verdade se chamar: “Bastardos morangos, inglórios silvestres”,
ou,“O sonho de Ana: Kill Bill”
Hitchcock deve ter feito a direção, pois
explicaria a eficiencia absurda do clima de suspense que precede a iminente tragédia
e se considerassemos “explosões de raiva” uma alegoria para combustão química,
eu teria crises nervosas com efeitos especiais produzidos pelo Michael Bay.
Pior que a minha vida nem seria um filme cult...seria um filminho
de “sessão da tarde” que todo mundo conhece, porque tem mais gente cagada como
eu nesse mundo do que gente normal.
“Ai, coitadinha de mim como eu sofro” Sério, quem nunca viu
esse filme?
Tem tanto cagado no mundo, que os biologos e filósofos já redefiniram
a taxionomia.
Agora, além de Homo Sapiens, Homo Faber, Homo ludens, homo
digitalis, acrescentaram o Homo cagadus
Mentira, ninguém fez isso.
Mas, fica a dica.
Embora pareça, eu juro que esse não é mais um besteirol emo-gótico-depressivo.
Por favor: não me definam como pessimista, negativa,
autodestrutiva, viciada em fluoxetina... (Fiquem, vai ter bolo!)
Não é que eu repulse a idéia de ser pessimista, nem que eu
não seja tudo aquilo que eu citei acima... só não gosto da idéia de ser
rotulada.
Acho injusto dividir as outras em classes: os otimistas e os
pessimistas... os bons e os maus... os certos e os errados...
Como se elas só pudessem ser apenas uma das duas coisas.
Admito que na maioria das vezes me comporto de maneira
pessimista.
Como a rainha das pessimistas pra ser mais honesta.
Não uma mera “pessimistinha”, mas uma pessimista
schopenhaueriana.
Mas não é por causa da maioria das minhas atitudes que eu
vou me definir como pessimista.
Prefiro dizer que sou otimista não-praticante.
Assim, pelo menos asemântica
me dá o beneficio da duvida.
Ora essa... otimismo não é só para os fortes.
Todos falam: Nelson Mandela nunca ficou esmureceu na luta
contra o apartheid, Ghandi passava semanas sem comer nada e não ficava de
mau-humor, Dalai Lama diz que é preciso aproveitar o presente, Lenine canta que
é preciso ter paciência, meu vizinho tá sempre sorrindo, o moço do caixa da
padaria passou no vestibular pra engenharia ...mas quem derramou café quente na
blusa antes de ir pro trabalho, correu pra pegar o ônibus e ainda deu bom dia
pro motorista?e quem não reclamou por ter que
ficar o horário de almoço trabalhando? Quem? EU!
Mas como as pessoas acreditariam que você é capaz de
atitudes otimistas se elas já te rotularam como pessimista?
E vamos dizer que eu seja mesmo pessimista... não posso
acordar um dia desses, concluir que isso não serve mais para mim e decidir
mudar?
Tem que sempre ter muito cuidado nessa hora porque via de
regra, mudar de maneira de proceder com a vida, significa: não ter
personalidade, ser volúvel, maria-vai-com-as-outras ...
Uma vez eu planejei ser só otimista.
Mas tive problemas com a produção. Os diretores da minha
vida não aceitaram o script...
O meu roteiro começava assim:“Um
dia, a menina Ana Paula sofre um acidente no laboratório das Industrias Boring
onde trabalha e é picada por uma espécime rara de aranha chamada Maximus
autoajudis. Após a picada, ela sente uma enxaqueca lacerante e intermitente e
desmaia acordando somente no dia seguinte.Mas logo que acorda, ela percebe que
adquiriu superpoderes: sua auto-estima estava 100 vezes maior que o tamanho
normal. O veneno da aranha alterou seu DNA e agora ela possuía disposição para
encarar as coisas pelo seu lado positivo e esperar sempre por um desfecho
favorável, mesmo em situações muito difíceis.”
O clímax seria na parte que “para proteger Cobra City do desânimo, do fracasso e da tristeza,
cuidando sempre que sua identidade permaneça secreta, a pacata Ana Paula
subitamente se lança na cabine telefônica, rasga sua camiseta, veste a calcinha
por cima da calça e se transforma na... Mulher Otimista!”
E no final ela casava com o mocinho e The End
Versão brasileira Herbert Richards.
Sobem os créditos
Por que não podia ser assim?
Ia ser perfeito.
Mentira, eu não acredito em perfeição.
Para mim, esse senso comum, onde ootimismo é TODO bom e o pessimismo TODO ruim, onde você ou é otimista ou
é pessimista, ou é vilão, ou é mocinho...
Isso é tão ficcional quanto adquirir superpoderes.
No “senso incomum” otimismo e pessimismo não devem ser
opostos, mas complemetares.
Enquanto o pessimismo alicercia a racionalidade, o otimismo
encoraja a agir diante a adversidade...
Como diria Gramsci: o "pessimismo da inteligência"
não deve abalar o "otimismo da vontade"
Véi, na boa: eu acho otimismo é uma atitude maravilhosa, mas
você tem ser triste pelo menos meia hora por dia para poder ser criativo e
outra coisas.
Poderia continuar falando sobre essa adorável dicotomia, mas
como tudo que eu defendi superficialmente, está bem melhor defendido e na
íntegra nos escritos de Kant, Nietzsche, T.S. Eliot e Tolstoi... então não vou
continuar pra não dar spoiler das obras deles.
Mudando da filosofia para a arte, sabe o que eu não entendo?
Parece que o pessimista é sempre uma pessoa chata, mas o pessimismo é uma coisa
engraçada.
Por exemplo: antes da Funerea, a Diva do Mau-humor, fazer
sucesso na MTV, eles tinham um quadro que ficou no ar durante um ano, chamado
“O garoto enxaqueca” ou “Migraine Boy” que era um garoto pessimista que queria
distância de todos.
Inicialmente era um personagem de quadrinhos criado por Greg
Fiering, depois virou um quadro na MTV que tinha muitos fãs.
Minha tirinha preferida é aquela que um garotinho vai até o
Garoto Enxaqueca e oferece um guarda-chuva no meio de uma tempestade e ele responde:
“Obrigado, prefiro pegar uma pneumonia e morrer”.
Musica pessimista também faz muito sucesso.
Que o digam os emos e góticos que adoram o dark side of the
life.
Tem uma banda chamada Get Set Go que faz o pessimismo
parecer muito engraçado. Conheço mais gente, além de mim, que dá risada quando
escuta algumas musicas deles como: I Hate
Everyone ou You’ll Look Beautiful As
You Burn.
Resumindo:
Pessimismo = muito legal
Pessimista= muito chato
Got it?
Eu não.
Além de um filme do Bergman feat Tarantino dirigido pelo
Hitchcock com efeitos especiais de Michael Bay, minha vida também é uma musica
do Caetano Veloso.
Melhor dizendo, não “uma musica” , mas “aquela” musica...
A que não tem o compasso da bateria, nem bonitos riffs de
guitarra, nem o romantismo do piano, nem baixo... só tem uma melodia de violão
sobreposta a rimas de versos que parecem o desabafo rebelde de alguém que é o
oposto do outro alguém.
O nome da música é “Quereres”
É inegável o
apreço que a humanidade tem por comparações, alegorias.
Forest Gump
dizia que “a vida é como uma caixa de chocolates, você nunca sabe o que vai
pegar”
Charles Chaplin
dizia que “A vida é uma peça de teatro que não permite ensaios...”
Para Einstein “A
vida é igual andar de bicicleta. Pra manter o equilíbrio é preciso se manter em
movimento...”
Acho que Jesus
Cristo que inventou essa moda, quando começou a pregar o Reino de Deus por
parábolas.
A propósito: eu
acho que a minha vida é um canudo azul vazio.
Em dezembro de 2007, na cerimônia de colação de
grau, após a oradora da turma, Adriele, citar Shakespeare e eu jurar que
exerceria a minha profissão com ética, o reitor da Unioeste me conferiu o grau
de licenciada e me deu um canudo azul vazio pra fazer de conta que ele estava
me dando um diploma.
O canudo
simboliza que eu aprendi, mas não era o diploma.
Defender que a
verdade não é unilateral, que sempre existem mais de um ponto de vista, que a
realidade é contraditória e até essa historia de que pessimismo e otimismo são
duas faces da mesma moeda... tudo isso e mais estavam simbolizados por aquele
canudo vazio e foram o motivo pelo qual eu virei o cordão do capelo da direita
para a esquerda depois de recebe-lo.
Gosto mais daquele
canudo vazio do que do meu diploma.
Ele me lembra que
eu não vou ganhar um certificado toda vez que aprender alguma coisa e que o
fato de eu não ver algo, não significa que ele não existe.
E essa é a
resposta vencedora de hoje para a famosa pergunta metafisica “quem é você ?”: crônicas
de um filme, uma música e um canudo vazio.
É que eu fiquei rodeando, meio sem saber como dizer logo
de início... afinal já existem tantas listas de seriados... mas agora tomei
coragem e vou falar: esse é apenas “mais um post de listas de seriados”.
Em defesa desse meu “mais um post de listas de seriados”
eu argumento que esse é mais bonitinho. É o one direction dos “apenas mais um
post de listas de seriados”
Ou não....
Acho que quando se trata de filhos, seriados, listas e
boy bands a gente sempre acha que o nosso é mais bonito.
Não vou falar de The big bang theory, Dexter, Scrubs, The
It Crowd, The mentalist, Dr. House, Smallville, Supernatural, .... porque
alguns desses é quase de domínio público que são bons (já são amados o
suficiente e estão em todas as listas de “melhores seriados ever”) e outros eu
já falei deles tanto que já ficou obsoleto pra mim escrever sobre eles.
Vou listar 10 seriados ~deveras auspiciosos~ que
normalmente não figuram em listas, mas que deveriam, por um motivo ou outro (na
minha opinião).
10. Elmiro Miranda Show
É uma serie brasileira que passa na TBS. Começou dia
01/10
Rafael Queiroga interpreta Elmiro Miranda um novo
apresentador de Tv que inicia um novo programa de auditório chamado “Elmiro
Miranda Show”
Elmiro
Miranda,o apresentador: Ele confunde os convidados (chama a
Rita Cadilac de Gretchen), tira sarro deles na legenda que passa abaixo da
tela, usa um bordão chato, que quando ele diz é engraçado “EETA PIRONGA!”
Elmiro
Miranda show, o programa de auditório:o assistente de palco é um Manolo de nome
Marcão Treme-Treme que é uma mistura de Serginho Malandro com Marcos Mion.
A estória se passa no próprio programa de TV Elmiro
Miranda Show e na elaboração deste (as reuniões de equipe, a preparação das
matérias, achar alguem famoso que tope participar do programa)
Vale a pena assistir porque é divertido, original e
brasileiro né.
10. 1 Tratamento de choque
Esse é o novo seriado que o Charlie Sheen ta fazendo na
TBS. Começou dia 20/09
Quando Charlie saiu da Warner porque brigou com o Chuck
Lorre (o produtor de two and a half man, o seriado que ele fazia) gerou uma
certa tensão nos fãs. Uns achavam que ia ser muito difícil ver ele em outro
papel que não fosse o do mulherengo e beberrão “Charlie Harper”, outros achavam
que o seriado não ia ficar tão bom sem ele.
Mas foi uma surpresa boa para os dois lados.
Na minha opinião, Charlie está fazendo um personagem
totalmente diferente do anterior na Warner e está indo, de certa forma, muito
bem.
Já o seriado two and a half man, dizem por aí que anda
com baixa audiência. Não sei se é verdade, uma vez que neste mês começa uma
nova temporada. Além disso, acho que ta ganhando em qualidade. Em
primeiro lugar porque os episódios saíram daquela mesmisse de sempre, em
segundo lugar porque o Jon Cryerque faz
o Alan (que sempre ficou na sombra do Charlie Sheen) vem se destacando enquanto
ator eaté levou o Emmy de melhor ator
de comedia esse ano (ele desbancou nada mais nada menos que o Jim Parsons) e em
terceiro lugar: Ashton Kutcher. Apenas.
Tratamento de choque conta a historia de um ex-jogador de
baseball chamado... –atenção para a
originalidade- “Charlie” que não sabia controlar a sua raiva, teve uma lesão e
acabou saindo do time. Ele decide então (de um jeito não convencional) se
tornar terapeuta, especialista em controle de raiva. (o irônico e talvez
proposital é que ficção meio que se encontra com a realidade porque ao que me
consta o próprio Charlie Sheen teve que ir para um centro de reabilitação para
aprender a controlar a raiva e o seriado quase parece um resumo dos últimos
acontecimentos da vida dele... as vezes parece que ele não faz nada que não
seja autobiográfico)
Não tem muito o que falar do enredo... é só isso mesmo.
E eu figuro esta serie aqui na minha lista, porque acho
que o Charlie merece outra chance.
Nunca ele me agradou em two and a half man, mas
certamente ele me ganhou no filme “Top Gang- ases muito loucos”, foi o filme
mais engraçado que eu assisti na adolescencia. Pros mais novinhos eu conto: Ele
fazia um piloto de avião deveras engraçado chamado Topper e o enredo era uma paródia do filme clássico do
Tom Cruise “Top Gun”. Charlie Sheen era tipo o Adam Sandler em 1990.
Enquanto em two and a
half man ele fazia o papel dele mesmo, e so fazia esforço em mexer a boca... em
top gung ele fazia a gente chorar de rir.
Enfim, sou sincera em dizer que tratamento de choque não
é o melhor seriado do mundo nesse momento, mas pode se tornar. É um voto de
confiança naquele bom ator que fez Top Gang. GO, Charlie! GO!
9. Sherlock Holmes
Obviamente, é um seriado baseado nas obras de Sir Arthur
Conan Doyle.
Com diferenciais.
Por exemplo: a historia se passa no século XXI.
Eles usam celulares, carros modernos e ao invés de um
diário, Watson escreve um Blog!
Há!
Vale complementar que enquanto Robert Downey Jr faz uma
interpretação mais cômica do Sherlock Holmes nos filmes, Benedict Cumberbatch
faz uma versão mais fiel ao dos livros de Sir Doyle.
O primeiro caso da série é uma adptação de "A Study In Scarlet"
e se chama “A Study in Pink”, no qual
ele soluciona uma série de assassinatos que se passam como suicídios (no livro
a trama gira apenas em torno de um crime). Como eu ja tinha mencionado antes,
os episódios da série são baseados em livros de Sherlock Holmes e transformados
em contos contemporâneos.
É isso. Sherlock Holmes
é uma ótima série que junta ação, mistério e humor inteligente.
8. Star Trek
Com o Capitão James T. Kirk comandando sua tripulação dentro da nave espacial da Federação
Unida dos Planetas: a fodástica USS Enterprise e
com Spock (Leonard Nimoy) como oficial de ciências e primeiro oficial
É absolutamente impressionante como uma serie de ficção
cientifica espacial de 1966, sem efeitos especiais extraordinarios continua tão
interessante e original até hoje.
Vou confessar que comecei a assistir por causa das muitas
referências usadas no seriado The Big Bang Theory.
Comecei a assistir por isso, mas continuei porque é
realmente muito bom.
Vários episódios refletem sobre problemas reais da sociedade dos anos 60. Falam de guerra e
paz, lealdade, autoritarismo, imperialismo, economia, racismo, religião, direitos humanos, sexismo, feminismo, o papel da tecnologia...
E tem o capitão Spock né
...
A historia se passa
dentro da USS enterprise e normalmente os episodios se desenvolvem assim:
capitão Kirk ou alguem da tripulação vê algo diferente no sinal do satelite e o
capitão resolve investigar o que é e aí as coisas começam a acontecer...
Um dos melhores episódios
que eu assisti é um que o Kirk manda o Spock e uma pequena tripulação na nave
Genesis para um planeta desconhecido numa missão de reconhecimento e resgate. A
Genesis pára de funcionar no meio do caminho e eles ficam sem contato com a
enterprise e o Spock como oficial de maior patente da nave tem que assumir o
comando.
Só que o MacCoy, o
oficial medico da tripulação, começa a se encher com o Spock e aquele jeito
dele de lidar com as situações alegando que é tudo uma questão de logica ... e
o Spock tambem fica meio putinho com o resto da população porque nao conseguem
ser mais racionais...
E essa velada briguinha
da tripulação x Spock, razão x emoção, prolonga-se até o final do episodio que
termina de modo convencionalmente inesperado.
7. Seinfeld
Essa é uma série dos anos 80,
mas de tão boa que é foi considerada uma das melhores séries televisivas de todos os
tempose considerado o terceiro
"melhor programa dos últimos 25 anos" pela Entertainment Weekly, atrás
apenas de The Sopranos e The Simpsons. Foi criada por Larry David (considerado um dos melhores comediantes de
todos os tempos) e Jerry Seinfeld (que atua no seriado como uma versão fictícia
dele mesmo) É um seriado que não aborda nada em especifico.São pessoas comuns vivendo situações
corriqueiras e essas situações corriqueiras o Jerry Seinfield usa para fazer
seu show de stand-up comedy. O seriado usualmente começa e termina no show do Seinfield fazendo
comentarios e piadinhas engraçadas sobre alguma coisa e isso acaba sendo o tema
central do episodio.
6. Little Britain
Sabe aqueles documentários sobre a cultura, pontos
turísticos, comida, modo de vida de um determinado país que passam no colégio,
ou no curso de idiomas, ou no Discovery channel ?
Aqueles que o narrador vai conduzindo uma expedição
televisiva-cultural num tom empolgante e chato ao mesmo tempo, com um texto do
tipo: “ In the New York City,you could visit astonishing sightseeings
likethe Statue of Liberty…”
Então, o enredo do seriado é desenvolvido como se fosse
um desses documentários.
Só que ao contrário.
O lugar é a Grã-Bretanha e o narrador, que deveria
apresentar e falar da cultura e dos lugares fastidiosamente, faz o oposto
tecendo comentários ridículos, medonhos, sarcásticos e errados sobre o local (por exemplo, "na Grã Bretanha temos água corrente
há mais de dez anos, um túnel que nos liga ao Peru, e
inventámos o gato"
ou "o destino favorito para passar férias, depois da Sibéria, é a Escócia").
E tem os personagens que são em sua maioria, estranhos.
Eles são diferentes em cada sketche, mas se repetem ao longo da série.
Eu acho que é o seriado mais engraçado que eu já vi nos
últimos tempos.
5. Six feet under
Pra quem, como eu, assistir Dexter antes de assistir Six
feet under é possível que ache muito estranho ver o Michael C. Hall no papel de
David Fischer, o filho gay de Nathaniel Fischer herdeiro da funerária Fisher
& Diaz junto com seu irmão Nate.
Mas Six feet under veio antes de Dexter. É de 2001 e eu
só fui assistir pouco tempo atrás por recomendação da Vanessa, minha influenciadora
sitecom-cinematográfica.
Cada episódio começa com
uma morte — e por conseqüência — um cliente da funerária. Esta morte,
geralmente, dá o tom de cada episódio, permitindo aos personagens refletir
sobre as suas vidas e infortúnios, baseando-se na morte do cliente e suas
consequências.
It’s fucking awesome. Sem mais.
4. Community É uma comédia universitária. Sabe aqueles filmes de
comedias universitárias tipo eurotrip, cara cadê meu carro, aprovados, etc? Então ... Não tem nada a ver. Community é bem melhor.
(beeeeeeeem melhor) O enredo é: Jeff Winger (Joel
McHale) que é um advogado trabalhado na picaretagem, que não tem diploma (ele
~meio que~ falsificou um) teve seu falso diploma considerado inválido pela Ordem dos Advogados de Colorado e por isso ele decide cursar a
universidade comunitária de Greendale pra conseguir um diploma verdadeiro. Lá, ele forma uma panelinha
de amigos, a principio com intuito de fazer o trabalho de espanhol, e essa
panelinha de amigos acaba sendo a panelinha mais improvável- porém descolada-
ever: Jeff Winger: o advogado
picareta e descolado supra mencionado Abed Nadir: um
estudante de cinema muçulmano Britta: a loira gostosona e
rebelde sem causa. Shirley: mãe recentemente divorciada frequentando a faculdade pela primeira
vez Pierce: um idoso magnata
dos lenços umedecidos que foi casado sete vezes. Troy : ex-quarterback no ensino médio. Annie: a nerd. Destaque: Señor Ben Chang, um chinês que é professor de espanhol, interpretado por Ken Jeong, que atuou
também no filme “Se beber não case”. Também acho o ator Joel
McHale genial. Vale a pena também assistir “Soup” um programa que ele apresenta
no canal E! No final de alguns episódios,
o Abed mais alguém, normalmente o Troy, apresentam um jornalzinho de escola, ou
apresentam um seminário que é altamente risível... Fico imaginando alguem
fazendo isso na vida real, aquelas palhaçadas todas num seminário de faculdade
um dia.
3. South Park
Ok, esse seriado é bem conhecido e é um contraponto
figurar na minha lista que pretendia ser semi-hispster e falar de seriados
quase desconhecidos... É que nas ultimas temporadas eles se superaram.
O que não aconteceu em South Park? O que não aconteceu
com Kyle, Cartman, Stan e Kenny?
Mas eu vou chamar atenção para um episodio da 14
temporada. Não sei o nome do episódio, só sei que foi transmitido pelo canal
Comedy Central em 2010.
É um que apresenta a liga dos superbestfriends que lutam
pra proteger South Park do Tom Cruise.
Os superbestfriends são: Jesus Cristo, Muhammad (ou
Maomé), Buddha, Moises, Joseph Smith, Krishna e Sea Man
Esse episodio foi censurado depois de ter recebido uma
advertência de um grupo muçulmano dos Estados Unidos porque eles acharam muito
ofensiva a presença do Muhammad (ou Maomé).
O que os produtores fizeram? Colocaram uma tarja preta na
figura do Muhammad (ou Maomé) escrito “censurado” e zoaram ele o episodio
inteiro.
O enredo é todo cheio de humor irônico: o Tom Cruise quer
raptar o Muhamad (ou Maomé) porque ele possui uma imunidade contra zoação, é o
único que ninguém pode tirar sarro... e o Tom Cruise quer roubar esse poder
dele.
Além disso, mostra Jesus Cristo assistindo a pornografia
e Buda, cheirando cocaína e outras heresias.
Curiosidade: Em um episodio dos Simpsons, eles se
manifestam sobre esse episódio censurado.A
mensagem aparece durante a vinheta de abertura da série, com Bart escrevendo na
lousa: “South Park we’d stand beside you if we weren’t so scared” (South Park,
nós ficaríamos ao lado de vocês, se não estivéssemos tão assustados).
Curiosidade II: No mês passado, dezenas de palestinos
queimaram bandeiras dos Estados Unidos e gritaram "Morte à América"
na Faixa de Gaza em protesto contra o filme que ridiculariza o profeta Maomé
“Inocência de muçulmanos”. Não é tipo uma catarse? Sei lá... eu acho que é.
2. Damages
Me perdoem a hipérbole, mas eu posso jurar que se você
assiste os primeiros episodios de Damages, nunca mais na vida você tem paz ate
descobrir o que vai acontecer no ultimo.
A série é perfeita.
A narrativa, o enredo, o desenrolar dos personagens,
tudo.
A primeira temporada é sobre a supermegaüber advogada
Patty Hewes contratando uma jovem e promissora advogada chamada Ellen Parsons.
Os primeiros episódios são confusos. Começa com a Ellen
na cadeia sendo acusada de assassinato e vai fazendo uma retrospectiva desde o
dia que ela foi contratada pela Patty Hewes ate o momento em que ela chegou na
cadeia.
No desenrolar da história descobre-se que a tal Patty
Hewes é toda trabalhada na malandragem, o noivo da Ellen foi assassinado e
tramaram para que ela levasse a culpa e tudo isso tem a ver com a investigação
que ela estava fazendo sobre o golpe que o multi-milionário Arthur
Frobisheraplicou em seus investidores.
E pensar que essa série foi cancelada devido a baixa
audiência... Pode isso?
1. Dr. Who
Oh, Gee-zus!
Por onde eu começo a falar de Dr. Who?
Bem como Star Trek, comecei a assisti-lo por conta de
referencias citadas em The Big Bang Theory e hoje é minha favorita.
Trata-se de um seriado de ficção científica com humor
inteligente e viagens espaciais.
Imagine o seguinte cenário:
Você está dormindo, quando escuta um barulho no quintal.
Quando você levanta e vai ver o que é, descobre que tem
uma cabine de polícia antiga azul, dessas que usavam em Londres, caída no seu
quintal e dela saí um sujeito que aparenta não ter mais que uns 35 anos, alto,
magro, moreno dos cabelos bagunçados, vestindo terno risca de giz, camisa,
gravata, all star vermelho e ele acena para você e diz:
- Olá! Eu sou o doutor!
E aí, conversa vai, conversa vem... você descobre que ele
é um senhor do tempo (um alienígena
viajante do tempo que possui dois corações) e que aquela cabine de polícia é
uma máquina do tempo conhecida como TARDIS - Time And Relative
Dimensions In Space (Tempo e Dimensões Relativas No
Espaço).
Aí você acha tudo aquilo
muito estranho e pergunta pra ele: “voce não pode ser alienígena, você parece
um humano” e ele responde: “não, você é que parece um senhor do tempo, nós
viemos antes que voces”
Depois ele salva a Terra de uma ameaça alienígena e no
final olha para você e diz: “O que você me diz de vir comigo e viajar no tempo?
Qualquer civilização, qualquer planeta, qualquer época... é só você escolher!”
E você pergunta: “mas por que eu?” e ele responde: “mas
por que não?”
Daí você aceita.
E viaja com ele para outros mundos, outras épocas,
interfere nos principais acontecimentos históricos, conhece de Shakespeare,
Agatha Christie, Winston Churchill, Nero... entre outros. Conhece alienígenas,
conhece uma biblioteca que literalmente é um planeta, conhece vários lugares na
Terra, salva a Terra, quase morre, e muitas outras cositas más.
Isso é mais ou menos como é a série.
Na verdade é como é o começo de cada temporada, que
sempre inicia com ele escolhendo uma ajudante.
E se esse não é o enredo de seriado de ficção mais legal EVER,
eu não sei mais o que é.
Ano que vem a série comemora 50 anos.
Obviamente, não é sempre o mesmo ator que faz o “doutor”
By the way: agora eu estou acompanhando a 6º temporada e
ainda não estou muito acostumada com o novo doutor... sinto falta do David
Tennant, mas tô me acostumando com o Matt Smith no papel.
Um episódio que me emocionou nessa nova temporada foi
quando o doutor encontrou Van Gogh. Tô só comentando.
Melhores ou não, premiados ou não... esses seriados são
demais. Ou como cantaria o
one direction they ♪ got that one thing♪
Menções
não-honrosas:
Sabe aquelas coisas que você assiste secretamente e acha
muito legais, mas tem vergonha de admitir que assiste?
Eu sou bem o tipinho de gente que fala dos próprios
defeitos em voz alta, então porque não assumir as coisas que eu tenho vergonha
de dizer que assisto, não é mesmo?
Então: Joan of
Arcadia (Joan é uma moça que fala com Deus... na verdade ela é uma espécie
de aprendiz ... uma “Daniel Sam” de Deus... porque ele sempre dá uma missão pra
ela realizar no começo do episodio e no final dá a moral da historia. Deus no
caso é sempre alguem comum como um professor, uma criança etc... Enfim, eu
assisto o seriado. E só Deus pode me julgar.), Feiticeiros de Waverly Place ( eu podia dar muitos motivos, mas vou
ser sincera: eu assisto porque eu amo a Selena Gomez), TheX factor (é tipo ..... é... bom... é legal), Fashion Police (é um programa do canal
E! que sacaneia o jeito de vestir das famosas e famosos) Rodrigo Faro (Rodrigão amor eterno, amor verdadeiro)